Em alusão à data, o neurologista Dr. João Ricardo Leão reforça a necessidade de identificar precocemente os sinais da doença
Dr. João Ricardo Leão (Foto: Santa Casa)
Neste domingo (21), é celebrado o Dia Mundial do Alzheimer, uma data que convida à reflexão e à conscientização sobre uma das doenças neurodegenerativas mais impactantes da atualidade. Estima-se que mais de 1,2 milhão de brasileiros convivem com o Alzheimer, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Em alusão à data, o neurologista Dr. João Ricardo Leão reforça a necessidade de identificar precocemente os sinais da doença e investir em estratégias que promovam a saúde cerebral ao longo da vida.
“O Alzheimer não começa de forma súbita. Ele dá sinais — muitas vezes sutis — que podem ser confundidos com o envelhecimento natural”, explica o Dr. João Ricardo. “Esquecimentos frequentes, dificuldade para se orientar em locais conhecidos, mudanças de humor, alterações na linguagem e no comportamento merecem atenção, especialmente quando começam a interferir na rotina da pessoa.”
O neurologista destaca que o diagnóstico precoce permite maior eficácia no tratamento e melhor planejamento familiar e terapêutico, além de contribuir para uma convivência mais digna e humanizada.
5 Dicas para Prevenir ou Retardar o Alzheimer
1. Pratique atividade física regularmente
A prática de exercícios estimula a circulação sanguínea no cérebro, melhora a oxigenação e ajuda na formação de novas conexões neurais. “O exercício também reduz fatores de risco, como hipertensão, diabetes e obesidade, que estão ligados ao declínio cognitivo”, explica o médico.
2. Mantenha a mente ativa
Atividades como leitura, palavras-cruzadas, jogos de lógica e aprender algo novo (como um idioma ou instrumento musical) ajudam a preservar as funções cognitivas. “O cérebro é como um músculo: quanto mais é estimulado, mais forte se mantém”, destaca o Dr. João Ricardo.
3. Alimente-se bem
Uma dieta rica em frutas, verduras, peixes (ricos em ômega-3), castanhas e grãos integrais pode proteger os neurônios. O médico recomenda padrões alimentares como a dieta mediterrânea. “O que é bom para o coração, é bom para o cérebro”, afirma.
4. Durma com qualidade
Durante o sono profundo, o cérebro realiza processos importantes de limpeza e consolidação da memória. “Distúrbios do sono, como a apneia, aumentam o risco de demência. Dormir bem é uma forma de proteger a mente”, alerta o neurologista.
5. Cultive vínculos sociais
Conversar, estar com amigos, participar de grupos e manter uma vida social ativa estimula diversas áreas cerebrais. “O isolamento social é um fator de risco para o Alzheimer. Relações afetivas e sociais saudáveis ajudam a manter o cérebro engajado”, conclui o Dr. João Ricardo.
"Embora ainda não haja cura para o Alzheimer, o acompanhamento médico, o apoio familiar e mudanças no estilo de vida são fundamentais para desacelerar a progressão da doença e garantir mais dignidade ao paciente", conclui o Dr. João Ricardo Leão.