Desaceleração do comércio e menor arrecadação de tributos locais influenciam o resultado; novo índice foi divulgado pelo Estado
        
                
                    
                         
                    
                        Entre os fatores que podem ter contribuído para queda estão a desaceleração de setores como o comércio e os serviços (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
                    
                 
            Franclin Duarte 
franclin@acidadevotuporanga.com.br 
Votuporanga terá uma redução de quase 4% no IPM (Índice de Participação dos Municípios) para 2026, indicador que define o quanto cada cidade paulista recebe de repasses do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A queda representa potencial perda de até R$ 2,5 milhões na arrecadação municipal, segundo estimativa baseada nos valores atuais.
O novo índice foi divulgado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, com base no desempenho econômico de 2024, comparado ao exercício anterior. O cálculo considera o movimento econômico dos municípios e é aplicado com dois anos de defasagem, ou seja, os números de 2024 impactam diretamente os repasses de 2026.
Entre os fatores que podem ter contribuído para a retração estão a desaceleração de setores locais, como o comércio e os serviços, além da possível queda na arrecadação de tributos municipais, como ISS e ITBI. O setor de venda de veículos, tradicionalmente forte em Votuporanga e com grande peso na composição do índice, também pode ter registrado menor movimentação no período.
Apesar da previsão de recuo no IPM, o município vinha apresentando crescimento consistente na arrecadação de ICMS nos últimos anos. Em 2020, em meio à pandemia, Votuporanga arrecadou R$ 38,7 milhões. Em 2021, o valor subiu para R$ 51,9 milhões; em 2022, chegou a R$ 59,8 milhões. A única retração recente ocorreu em 2023, com R$ 59,1 milhões. Já em 2024, houve forte recuperação, atingindo R$ 67,2 milhões.
Até o momento, em 2025, o município já contabiliza R$ 56,8 milhões em receitas de ICMS, valor que ainda deve crescer até o fim do exercício.