Esporte

Ex-presidente da Associação dos Skatistas relembra anos de ouro e lamenta: “O skate, morreu, acabou”

Carlos Alberto Pereira, o Beto, hoje conhecido como Pastor Beto e relembra a luta para trazer a modalidade para a cidade
publicado em 10/12/2020
Beto, ex-presidente da Associação dos Skatistas em visita ao A Cidade relembra a trajetória de ouro no esporte  (Foto: A Cidade)

Beto, ex-presidente da Associação dos Skatistas em visita ao A Cidade relembra a trajetória de ouro no esporte (Foto: A Cidade)

Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br

Foi em maio de 1995 que o esporte radical, que envolve o equilíbrio e manobras em cima do skate, teve sua primeira aparição na mídia e visibilidade em Votuporanga. Acabou se tornando um estilo de vida e motivo de luta para Carlos Alberto Pereira, o conhecido Beto, ex-presidente da Associação dos Skatistas do município.

Em visita a redação do jornal A Cidade na última semana, o ex-presidente trouxe inúmeras lembranças e compartilhou dos momentos, das histórias e o legado que construiu a frente de gerações de skatistas de Votuporanga, a começar pela primeira conquista (e para ele uma das mais importantes) que foi quebrar o tabu que envolvia os skatistas na época.

Logo na sequência veio a construção da primeira pista de skate na cidade, na praça do Tobogã, no Pozzobon. Na ocasião a conquista veio por intermédio do vereador Gilvan e autorização de Carlão Pignatari, que era o prefeito da oportunidade.

Durante todos esses anos, o ex-presidente conta que esteve ao lado de crianças, adolescentes e jovens com quem compartilhava os saberes do esporte e era tutor, fundando as escolinhas. O intuito era um só, levar a molecada para competir, e foi o que realizou.Atletas da associação conquistaram em prêmios regionais, estaduais e até nacionais.

A cidade, inclusive, com a criação dos novos espaços de prática do esporte, sediou em 2014 uma competição nacional com a presença de inúmeros nomes conhecidos e atletas votuporanguenses que estiveram em colocações expressivas no campeonato.

Após todos esses anos de ouro, em 2016, Carlos Alberto decidiu tomar novos caminhos e decidiu se ausentar do skate, para cuidar um pouco da família e de sua história, que hoje é conhecida pela vida cristã, como Pastor Beto.

Nesses últimos quatro anos ele disse que o skate caiu novamente no esquecimento das autoridades e também de alguém que toque o que já foi construído. “Aconteceu, não virou mais nada, morreu, acabou e não tem mais nada. Se tem está muito apático e anêmico, não tem mais nada.A gente fica muito triste porque eu me lembro de tudo que a gente fez e agora não se tem mais nada”, disse ele.

Quando perguntado se voltaria a trabalhar com isso, de imediato a sua resposta é que não voltaria. “Hoje eu tenho 46 anos, se eu pegar até conseguiria. Mas, eu só fico triste porque fiquei esses últimos quatro anos ausente do skate, e não se tem mais nada”, comentou.
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