Secez constatou áreas e bairros que apresentaram maior incidência de focos do Aedes
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) constatou as áreas e os bairros com maior focos de dengue em Votuporanga. De acordo com a responsável pelo setor de Informação, Educação e Comunicação do Secez , Viviane Ferrarezi, em janeiro de 2011 foi realizado o IB - Indice de Densidade Larvária onde foi constatado as áreas que apresentaram maior incidência de focos do mosquito Aedes Aegypti. Os bairros com altas positividades: Matarazzo, Estação, Palmeiras, Paineiras, Jardim Mastrocolla, Jardim Alvorada, Bom Clima,
Vale do Sol, Bairro do Café, Distrito Industrial I, Residencial Prado e CDHU.
Comparado com o ano passado, Votuporanga apresentou queda de número de casos de dengue em janeiro. Segundo o Secez , da Secretaria de Saúde, em janeiro no ano passado, foram registrados 75 casos suspeitos e 44 positivos. Já neste ano, foram 105 suspeitos e 9 positivos.
Em todo 2010, foram contabilizados 2.071 suspeitos e 719 confirmados. Já neste ano, até o momento, foram computados 156 suspeitos e 9 positivos. Entre as atividades do Secez estão bloqueio (método utilizado quando há um caso suspeito); visita realizada durante todo ano sem interrupções em todos os pontos da cidade; recadastramento de pontos estratégicos (áreas com grande número de criadouros e com pequena movimentação de pessoas – ex: ferro velho, borracharia e cemitério -) e imóveis especiais (locais onde há grande circulação de pessoas e
poucos criadouros do mosquito Aedes Aegypti – ex: creche, igreja e hospitais). O arrastão da dengue será realizado este ano com data ainda a ser definida nesta terça-feira, em reunião.
A queda no número de casos também ocorre no Estado de São Paulo. Balanço preliminar da Secretaria de Estado da Saúde aponta que o número de casos de dengue em janeiro foi 94,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2010. Os municípios paulistas informaram à Secretaria até o momento, por intermédio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) 571 casos com transmissão dentro do estado da doença em janeiro. No primeiro mês do ano passado houve 10.902.
Segundo os dados informados ao Sinan, a cidade de Ribeirão Preto concentra 45,7% dos casos confirmados em janeiro, seguida por Bauru, com 7%, e Ituverava, com 3,7%. Ao longo do segundo semestre de 2010 a Secretaria desenvolveu trabalho de capacitação de 6 mil agentes em todo o Estado de São Paulo para aprimorar o trabalho de controle de vetores e atendimento aos cidadãos com suspeita de dengue. Foram realizadas, no total, 51 oficinas, envolvendo 330 municípios considerados prioritários.
Além do trabalho realizado pelo poder público, a Secretaria considera fundamental a mobilização de todos os paulistas, no sentido de removerem possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, uma vez que 80% dos criadouros estão no interior das residências.
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue. Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de cinco a seis dias. O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem: febre alta, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele, náuseas e vômitos, tonturas e moleza e dor no corpo. Se tiver algum desses sintomas, procure um médico. A Secretaria Municipal de Saúde criou Disk Dengue, que funciona pelo número 0800- 770-9786.
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