A procura era para aferição de pressão e medição de diabetes, procedimentos importantes na prevenção
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A Santa Casa de Votuporanga, em parceria com o Instituto do Rim, Aprevo (Associação dos Pacientes Renais de Votuporanga) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia, mobilizou a população votuporanguense ontem. Durante toda a manhã, o movimento foi grande na tenda do hospital.
A procura era para aferição de pressão e medição de diabetes, procedimentos
importantes na prevenção de doenças renais. "A população participa em peso. Quando a alteração é grande nos exames, encaminhamos a pessoa para os postinhos para ser feita de coleta de urina com o intuito de saber como que está o rim", disse a psicóloga do Instituto do Rim, Luciana Maranho, em entrevista ao jornal A Cidade. A expectativa da instituição é que fossem atendidas de 500 a 600 cidadãos somente ontem.
Luciana ressaltou que o objetivo é alertar a população com relação a doenças renais. "O evento é realizado em comemoração ao Dia Mundial do Rim, mas a campanha é permanente. As empresas podem entrar em contato com a gente, que estamos a disposição para fazer uma palestra", afirmou.
Os rins regulam a pressão arterial, filtram o sangue, eliminam toxinas, controlam a
quantidade de sal e água no corpo, além de que produzem hormônios para evitar
anemia e doenças ósseas e eliminam excessos de medicamentos e outras substâncias ingeridas.
Inchaço (sobretudo no rosto, nas pernas e no corpo todo), pressão alta, sangue na
urina, cólica renal causada por cálculos (pedras), indícios de infecção urinária (dor,
ardor ou dificuldade de urinar, urina mal cheirosa e aumento da frequência) e palidez cutânea e fraqueza podem ser sintomas de doença renal.
A psicóloga explicou como funciona o Instituto do Rim, dentro da Santa Casa. "É
responsável pela diálise e assistência aos pacientes nefro. A hemodiálise é feito durante quatro horas, três vezes por semana e a diálise peritonial, é realizado todos os dias, por 10 horas.
Maria Eliza Minto Pretti, de 61 anos, conhece bem o tratamento. Há quatro anos,
sofreu uma doença que paralisou os dois rins e por conta disso, fez hemodiálise por um ano e meio. Até sua realidade mudar. "Fiquei seis meses na fila do transplante. A hemodiálise é um procedimento paliativo. Agora, tenho uma vida normal, mas dependo da medicação para antirejeição. Posso comer e beber líquidos normalmente", disse. Ela contou sua expectativa de receber o órgão. "É muito importante a doação, porque tira das fils de tratamentos caros e dolorosos e colocam em uma vida saudável", emendou.
A presidente da Aprevo, Hermelinda Olivo, destacou que está em campanha para
conseguir auxílio a entidade. "Promovemos ações e atividades entre a diálise e datas comemorativas. A campanha não é de Votuporanga, mas de todos", finalizou.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia
No mundo todo, hoje, cerca de 1,5 milhão de pessoas sobrevivem através de terapia de substituição renal (diálise ou transplante renal). Este número deve dobrar nos próximos 10 anos, e o custo cumulativo global desses tratamentos para a próxima década deve exceder US$ 1 trilhão. Estes custos podem prejudicar os orçamentos destinados à Saúde Pública em países desenvolvidos. Acredita-se que os países menos desenvolvidos ou em desenvolvimento simplesmente não terão condições econômicas de tratar adequadamente os doentes renais crônicos. Nos nossos dias, mais de 80% dos pacientes que fazem diálise estão nos países desenvolvidos; em muitos países subdesenvolvidos só uma minoria tem acesso ao tratamento. No Brasil, o custo do tratamento de substituição renal está em torno de R$ 2 bilhões por ano, o que representa um percentual importante do orçamento da Saúde.
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