Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga possui aproximadamente 300 casos de hepatites virais (B e C). Segundo o SAE (Serviço de Atendimento Especializado), desta quantidade, 150 fazem acompanhamento periódico (semestral). “Estão em tratamento medicamentoso, no momento, 18 pacientes, que comparecem semanalmente ao centro de Aplicação de Interferon no SAE”, afirmou a enfermeira Leiliane Cristina Scarpa, do ambulatório de Hepatites Virais.
O tratamento é realizado através de medicamentos disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), sendo via oral (diariamente) e outro injetável (Interferon- semanalmente) para Hepatite C. Para Hepatite B, os pacientes tomam antivirais via oral. Duram de 40 a 72 semanas.
Segundo informações do Ministério da Saúde, serão disponibilizados mais dois medicamentos novos para Hepatite C até 2013 para aqueles pacientes que não obtiveram cura.
Leiliane deu orientações sobre os pacientes que descobrem ser portadores do vírus da Hepatite C. “É preciso realizar o acompanhamento periódico (exames) e o tratamento completo quando indicado, reduzindo assim os riscos de complicações como a cirrose hepática e câncer de fígado. É necessário também realizar o exame nas pessoas que residem na mesma residência e parceiros sexuais”, afirmou.
Pessoas que passaram por alguma situação de risco (transfusão sanguínea antes de 1993, tatuagem, piercing, sexo sem preservativo, uso de drogas injetáveis, inaláveis ou fumadas, além do compartilhamento de objetos de uso pessoal cortantes, como alicates de unha, aparelhos de barbear e escovas de dente) devem procurar uma unidade de saúde e realizar o exame para Hepatite B e C. “Trata-se de uma doença silenciosa, na maioria das vezes assintomática (sem sintomas) e pode evoluir para formas graves quando não diagnosticada precocemente.Óbitos ocorrem quando diagnosticada tardiamente, já em estágio avançado como cirrose hepática (necessitando muitas vezes de transplante de fígado) ou carcinoma de fígado (câncer).Lembrando que a evolução é lenta, podendo levar até 30 anos para desenvolver sintomas, por isso a importância do diagnóstico precoce”, finalizou.