Andressa Aoki
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O Tiro de Guerra de Votuporanga recebeu uma visita ilustre ontem. O General Comandante Militar do Sudeste, Adhemar da Costa Machado Filho, ministrou uma palestra para os atiradores, acompanhado do General Comandante da 2ª Região Militar, João Camilo Pires de Campos.
Adhemar comanda 47 Tiros de Guerra de São Paulo. “Estão espalhados geograficamente em grandes distâncias. Sempre que tenho tempo no comando do Ibirapuera, eu visito os TG´s. Em Votuporanga, a estrutura é muito boa”, afirmou.
Sobre o novo local para o Tiro de Guerra de Votuporanga, ele enfatizou que a Prefeitura é responsável pela sede. “O Exército oferece o militar e o armamento. A administração municipal é quem cuida da estrutura. O que o prefeito não pode esquecer é de como o serviço militar é importante e só traz benefícios”, destacou. O jornal A Cidade divulgou, com exclusividade, o projeto de lei que permuta um terreno da Igreja Senhor Bom Jesus para que na área seja construído um Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) ou outro projeto social para o bairro Vila América. Em troca, a Prefeitura cederia a mesma parte do terreno do Tiro de Guerra para a igreja. Com isso, o Tiro de Guerra seria construído ao lado do Ginásio de Esportes Hernani de Matos Nabuco, no cruzamento das ruas Canadá e Rio Grande, paralelo ao Ginásio de Esportes Hernani de Matos Nabuco, no Jardim Santo Antônio.
Ele destacou a relevância do serviço militar. “É uma função social importante. É a oportunidade do jovem amadurecer”, disse.
O General Comandante falou ainda da experiência de pacificação nas favelas do Rio de Janeiro. “Enviei três tropas para o complexo do Alemão e da Penha. Foi realizado um bom trabalho lá. Entregamos para a Polícia, me parece que o problema está sendo resolvido”, ressaltou.
Adhemar enfatizou que não existe educação melhor do que o civismo e solidariedade. “Eles participam da campanha do Agasalho, doam sangue. São atitudes de jovens, que não estão perdendo tempo com as drogas, como infelizmente, acontece. Feliz da comunidade que possui Tiro de Guerra”, frisou.
Ele é sobrinho de um dos fundadores do Tiro de Guerra de Votuporanga, Capitão Constantino Santoro. Em entrevista ao jornal A Cidade, Santoro lembrou de como surgiu o TG no município. “Muitas mães reclamavam do serviço militar ser em outra cidade. Autoridades municipais e militares trabalharam para que fosse inaugurado em 1979”, finalizou.