Leidiane Sabino
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O presidente da Câmara Municipal de Votuporanga, Mehde Meidão Slaiman Kanso, está sendo investigado em uma ação judicial eleitoral do Ministério Público Eleitoral por um possível aproveitamento da influência política que detêm e do cargo público que ocupa para, abusando de sua autoridade e dos meios de comunicação promover-se pessoalmente em evento realizado pela Câmara Municipal no dia 6 de agosto deste ano. Meidão já está preparando sua defesa e diz que não cometeu ato ilícito ou crime eleitoral.
Na sessão do dia 6 de agosto houve descerramento de placas com nomes de homenageados com títulos de cidadania e insígnias de honra ao mérito. Também foram homenageados atletas do município que participaram dos Jogos Regionais do Interior, de 17 a 28 de julho deste ano, em Penápolis-SP.
“Sob falso pretexto de comemorar o aniversário de 75 anos do município, que deveria ocorrer por meio de sessão solene, não ordinária, o representado transformou aquela sessão em verdadeiro evento de sua campanha para reeleição ao homenagear atletas e todos os que até então já haviam sido agraciados com honrarias municipais”, diz a representação.
O processo investigatório diz ainda que se “não fosse promoção pessoal, por que fazer questão da presença de tanta gente na Câmara Municipal, numa sessão ordinária, sem qualquer caráter cívico ou solene, feita puramente para homenagear várias pessoas ao mesmo?”.
Como sanção, o vereador pode se tornar inelegível para as eleições a se realizarem nos oito anos subsequentes à atual eleição, bem como a cassação de seu registro de candidatura, diploma ou mandato.
O vereador tem cinco dias para apresentar a sua defesa e testemunhas e já está se preparando para isso.
Veja na íntegra, o comunicado de esclarecimento, escrito por Meidão:
A respeito de uma representação eleitoral de autoria do Ministério Público, o caso está entregue nas mãos de meus advogados e tenho a plena convicção de que não cometemos nenhum ato ilícito e nenhum crime eleitoral na sessão festiva em comemoração ao aniversário de Votuporanga.
Fiz o que é permitido por lei enquanto vereador e presidente da Câmara.
Se não puder exercer as atividades parlamentares durante o período eleitoral, o melhor seria fechar as portas da Câmara durante o período eleitoral.