Andressa Aoki

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O vereador eleito Douglas Lisboa da Silva (PSDB) foi o convidado de ontem no programa “Jornal da cidade”, da Rádio Cidade. Douglas recebeu 962 votos, o que garantiu a sua cadeira na Câmara Municipal. Durante a entrevista, ele admitiu que se sentiu surpreso com a quantidade de votos. “Eu não esperava ser eleito. A minha eleição foi surpresa. Trabalhei muito, andei muito a pé, meu carro de campanha foi meu Fusquinha. Andei três mil quilômetros. Meus cabos eleitorais eram amigos, família, meus pais Terezinha e Sebastião, que tiveram participação muito importante. Acredito que foi resultado de um trabalho plantado de longos anos e fico feliz que a comunidade reconheceu o trabalho”, disse.

O advogado contou ainda que sua expectativa era chegar aos 600 votos. “O PSDB é um partido forte, com bons candidatos. Tinha fé de chegar na suplência, mas não ser eleito. Estes 962 votos foram conscientes, não saiu nada do meu bolso”, afirmou.

Durante sua campanha, ele visitou vários bairros e também a zona rural do município. “Eu fui até na divisa de Cosmorama, conheci muitas pessoas e sei que angariei votos daqueles cidadãos”, emendou. Douglas também cita o bom relacionamento com as Polícias Civil e Militar e com os funcionários públicos, o que garantiu a sua eleição. “Durante a campanha, eu encontrava nas ruas e os servidores pediam santinho para levar para a família. Temos convivência muito próxima com os motoristas da ambulância e da Secretaria de Educação e sei que ajudaram a divulgar meu nome. A participação na Igreja me ajudou e algumas evangélicas que conhecem meu trabalho e confiaram. Estou à disposição para ajudar o que é pro bem da comunidade”, destacou.

Além de Douglas, o PSDB elegeu três candidatos: Osmair Ferrari, Silvio Carvalho de Souza. “Eu e Silvao empatamos na quantidade de votos, 962 votos cada um. Se tivesse um candidato com votação acima, eu ficaria atrás por causa de um voto”, ressaltou.

Trajetória

Douglas Lisboa nasceu em Votuporanga em sete de janeiro de 1983. Estudou no Faustino Pedroso em 1989. Depois, na escola Uzenir Coelho Zeitune e concluiu ensino médio no SAB (Sarah Arnold Barbosa). Formado em Direito na Unifev, em 2005. 

Atuou como conselheiro tutelar da Prefeitura de 2004 a 2009 e foi soldado temporário da Polícia Militar no período de 2002 a 2004. Desde 2009, é advogado da Prefeitura.

Soldado temporário 

O vereador contou que a época em que atuou na corporação foi uma das melhores experiências profissionais da sua vida. “Na época, o comandante era o capitão Nelson Torres, hoje é coronel. Ele é meu colega de profissão. É um trabalho dinâmico. Embora eu era da parte administrativa, a gente via a dedicação dos policiais no combate ao crime na comunidade e a prevenção”, disse.

Coxinha

Douglas com 12 anos vendia coxinhas para tia Amelia. Com 15 anos, foi office-boy do escritório Queiroz Despachante e aos 14, na Construtora Tapajós. Trabalhou na Santa Casa, na parte administrativa, que atuava com o DPVAT.

Partidos

“É a primeira vez que concorro a Câmara, sempre gostei a politica e aos 18 anos, me filiei ao PPS. Depois, fui para o PSDB para coordenar a parte da juventude. Eu tive oportunidade de sair candidato em 2008  e eu sabia que não era a hora. Estava no Conselho Tutelar e queria concluir o meu mandato. Hoje me sinto mais preparado para assumir a Câmara. A experiência como advogado e Conselho me ajudou bastante a me candidatar”, destacou.

Padre Edemur

Douglas Lisboa dedicou a sua vitória nas urnas para o padre em memória Edemur Alves. “Eu tive uma amizade muito grande com o padre Edemur. Ele que incentivou eu participar do Conselho Tutelar, durante a gestão, a gente divulgava os trabalhos no final da missa. Ele sabia da minha vontade de ser vereador, me incentivou”, finalizou.