Andressa Aoki
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Votuporanga tem registro de leishmaniose em todos os cantos da cidade. Segundo o Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses), até agora, foram contabilizados 1.601 casos positivos da doença em cães e 6.919 suspeitos.
Em humanos, são 31 notificados e 16 confirmados. Além disso, houve um óbito neste ano. Trata-se da senhora Otília Kurayama Fuzita, com 76 anos, que faleceu em setembro, vítima da doença.
De acordo com o médico veterinário do Secez, Élcio Sanches, a Vigilância Epidemiológica e Secez realizam uma série de ações para reduzir o número de casos, como: manejo ambiental; diagnóstico precoce em humanos, em animais e a eutanásia daqueles que estão acometidos pela doença; orientação à população por meio de visitas realizadas pelos agentes de vetores; entrega de panfletos explicativos e cartazes sobre a leishmaniose no comércio, locais públicos e residências; entrevistas em TV, rádios e jornais e trabalho de conscientização em escolas do município.
Além disso, a equipe de saúde retirou galinhas de 588 imóveis; fez 629 notificações de manejo ambiental e 34 famílias receberam doação de caçambas, totalizando 67 unidades. “Promovemos arrastões para a limpeza de quintais a cada 15 dias. Até agora, foram sete, em um total de 155 quarteirões, uma ação em parceria com a Saev Ambiental, Secretaria de Serviços Urbanos e Converd”, disse.
Élcio explicou que Votuporanga possui o nível intenso de transmissão. “Uma série de fatores (terrenos sujos com material orgânico, uso de coleira repelente ao mosquito-palha no cão sadio, entre outros) resulta na alta densidade do transmissor”, complementou. O calor e a umidade, inclusive, aceleram a reprodução do mosquito-palha.
Ele ressaltou ainda o programa de castração da Prefeitura em gatos e cachorros. Foram realizados 1.055 procedimentos. “Diminuindo o número de animais errantes (animais de rua), cai também a quantidade de cães soltos transmitindo doenças, sobretudo, a leishmaniose”, concluiu.