Estabelecimento fechou suas portas desde a última segunda-feira, sem dar satisfação à estudantes e funcionários; dono não é localizado
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Estudantes e pais de alunos estão revoltados com o fechamento de uma escola de inglês, localizada na rua Amazonas, em Votuporanga. Depois de alguns anos de atendimento, as portas do estabelecimento foram fechadas e a unidade não recebe mais alunos desde a última segunda-feira.
Na manhã de ontem, a reportagem esteve no local e presenciou quando funcionárias de uma imobiliária da cidade já estavam avaliando as condições do prédio para, possivelmente, ser locado por outra empresa ou pessoa interessada. Eles informaram que o local era particular, mas administrado pela imobiliária. Quem tiver interesse já pode entrar em contato com a empresa, uma vez que a escola está desativada.
Uma estudante passou pelo local e viu que a escola estava fechada. Ela disse que tinha pago R$ 280 pelo material didático para começar suas aulas.
De uma hora para outra, a escola parou de funcionar. Comerciantes ao redor do estabelecimento informaram que na manhã do último domingo, um caminhão com placas de São José do Rio Preto estacionou em frente à escola. Um homem teria tirado todos os equipamentos do local e colocado no veículo.
Durante toda a segunda-feira e ontem, funcionários e alunos que chegavam ao local notaram que a escola estava fechada, e não tinha sequer uma placa informando sobre o motivo ou algum telefone para contato. Estudantes e pais de alunos registraram a ocorrência no plantão policial.
Mãe já registrou boletim
A professora Lucimara de Lima Buosi, 42, registrou um boletim de ocorrência no plantão policial na segunda-feira. Ela informou que matriculou sua filha na escola de inglês, pagando R$ 350 pela matrícula e material. O início das aulas estava agendado para a última segunda-feira, às 13h30. Quando a estudante chegou para sua primeira aula, constatou que não havia nenhum móvel no interior da escola e soube através de terceiros que o proprietário da escola tinha sumido, sem dar satisfação alguma para os alunos. A vítima acrescentou ainda que chegou a conversar com o pai do dono da escola e que este iria resolver o problema.
A estudante Aline Ruiz é outra vítima, que também não foi informada sobre o que de fato aconteceu. “Na quinta-feira passada, eu liguei para a escola e conversei com o ‘Osvaldinho’. Perguntei quando as aulas iriam começar e ele disse que seria segunda-feira, dia 18. Quando cheguei lá, tinha um pessoal na frente, foi aí que vi que as portas estavam fechadas”, falou.
A jovem ainda destacou que na noite de segunda-feira uma coordenadora da escola esteve explicando a situação para as pessoas que chegavam para as aulas, inclusive para os pais. “Segundo a coordenadora, ninguém estava sabendo de nada. As secretárias chegaram de manhã e encontraram a escola vazia. Ela estava nos orientando a fazer um boletim de ocorrência, por causa das mensalidades e materiais pagos. Os professores também não foram comunicados de nada, sendo que na segunda era o dia de pagamento deles”, contou.