Vereador deseja que empresas de transporte coletivo e intermunicipais melhorem serviços prestados aos portadores de necessidades especiais
Douglas Lisboa esteve ontem no programa Jornal da Cidade
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O vereador Douglas Lisboa esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para mostrar sua opinião sobre o atendimento prestado aos portadores de necessidades especiais em ônibus. A discussão teve início na última sessão da Câmara.
Ele contou que este é um assunto que gera grande preocupação. Através de denúncias dos usuários do serviço, recebeu informações de que os ônibus apresentam um adesivo anunciando que o veículo tem vaga para portadores, mas dentro não existe a acessibilidade. “Comece a fazer este levantamento e constatei que a maioria fere o Código de Defesa do Consumidor, já que é uma propaganda enganosa, e contrariando a legislação federal”, disse. Ele acrescenta ainda que se o veículo não oferecer esta estrutura ao usuário, deve-se retirar o adesivo com a máxima urgência.
Caso
Lisboa comentou um fato recente. Uma pessoa foi na rodoviária e adquiriu uma passagem para São José do Rio Preto, tendo a informação de que o ônibus era adaptado.
Ao embarcar, ela recebeu a informação de que não tinha a acessibilidade. O motorista, por sua vez, teria alegado problema na coluna e não poderia ajudá-la. “A entrada dela no veículo foi pela boa vontade dos passageiros, que colocaram a cadeira de rodas no porta-malas do ônibus”, disse.
Na opinião do vereador, o coreto seria que os ônibus tivessem elevador elétrico para facilitar a entrada. “Os ônibus rodoviários não têm isso. E para burlar a legislação, as empresas colocam adesivo”, disse. Adiantou ainda que uma empresa fiscalizará este setor em breve.
Ele solicita que exista na cidade mais empresas para este tipo de transporte, e não apenas a Itamaraty, até para melhorar o atendimento ao público. Para melhorar o atendimento ao público. O vereador contou que enviou requerimento para o fabricante dos ônibus, a Marco Pólo em Caxias do Sul, que orientem pelo menos ter um ônibus para cadeirantes. “Não precisa todos serem adaptados, mas pelo menos um para poder atender a demanda”, disse.
Em Votuporanga, ele acredita que a Unitrans tenha um ônibus adaptado, mas pode ser que exista mais um.
“Temos que nos conscientizar que Votuporanga não é mais uma cidade interiorana, pacata, como antigamente. Ela está se transformando, já é vista como metrópole: há um grande fluxo de veículos, de pedestres; o comércio está em expansão e há necessidade da rede rodoviária para atendimento do transporte”, disse.