Clima esquentou na sessão de ontem; Meidão criticou Silvão Carvalho para defender sua esposa Luiza Calegari
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Quem acompanhou a sessão da Câmara Municipal na última semana, imaginou que o vereador Mehde Meidão não deixaria passar em branco o seu contra-ataque para o também vereador e líder de governo Silvio Carvalho.
Relembrando: Meidão utilizou a tribuna do Legislativo para, por várias vezes, reclamar da saúde pública. Silvão não gostou do teor da crítica e disse que a esposa de Meidão, Luiza Calegari, seria funcionária de cargo em comissão. O líder de governo sugeriu que Luiza ficasse à frente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e do Mini-hospital do bairro Pozzobon.
Meidão, na ocasião, não estava no plenário. Mas deixou seu recado ontem. Ele disse que não era meia dúzia de “covarde” que iria tira a sua veemência na tribuna.
Ressaltou sua atuação na Casa de Leis. Ao todo, o vereador possui nove mandatos, quase 40 anos no Legislativo. Meidão disse que nunca caiu na Câmara de “paraquedas” e nem substituiu vereador, fazendo alusão a Silvão, que na legislatura passada esteve como vereador no lugar de Osmair Ferrari, que era secretário de Assistência Social.
Concursada
Meidão frisou que sua esposa, Luiza Aparecida Calegari, não está em cargo de comissão. Ela seria concursada, com 26 anos de atuação na Prefeitura. Segundo o vereador, sua mulher recebeu convite de administrar uma unidade de saúde, mas não aceitou por Meidão ter cargo no Legislativo. Ele disse ainda que sua mulher irá processar judicialmente Silvio Carvalho.
Remédios
Meidão afirmou ainda que a falta de remédios (sua crítica da sessão da última semana) afeta a população. “Um líder tem que saber que estava faltando remédio nos postos de saúde”, cutucando Silvão.
Ele falou também de uma entrevista da secretária de Saúde, Fabiana Parma. Na ocasião, Fabiana disse que faltavam 17 medicamentos na rede pública. Meidão contou que o prefeito Junior Marão publicou três editais para compra de remédio. Segundo o vereador, são mais de 60 que a assistência farmacêutica não possui. “Um primeiro pregão será no dia 17, outro no dia 18. Teremos demora na compra”, frisou.
Perseguição?
O vereador disse ainda que há pessoas que não querem que ele utilize a tribuna. “Tivemos processo judicial na minha candidatura para vereador. Houve reunião para médicos e funcionários da Santa Casa para me prejudicar, mas eu fui o quinto mais votado. O povo elegeu os melhores vereadores de Votuporanga. O povo sabe bem votar. Eu, no meu bairro, fui o mais votado”, ressaltou Meidão.