Deputado reuniu a imprensa na tarde de ontem para dizer que não tem envolvimento com investigados da Operação Fratelli
Carlão reuniu a imprensa para falar pela primeira vez sobre o caso
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
O deputado estadual e ex-prefeito de Votuporanga, Carlão Pignatari, reuniu a imprensa na tarde de ontem, para responder a questionamentos relacionados à acusação de que estaria envolvido com empresários investigados na Operação Fratelli.
O Ministério Público de São Paulo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizaram um trabalho conjunto no começo deste mês, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que desvia recursos públicos federais e estaduais por meio de fraudes em licitações. Em Votuporanga e na região, a investigação é baseada na participação das empresas Scamatti e Seller Empreendimentos, e Demop Participações.
Sociedade
Carlão disse que nunca foi sócio da empresa Demop. “Tenho amizade com a família Scamatti há mais de 30 anos, mas nunca tive relação com as empresas investigadas”, ressaltou.
De acordo com o deputado, alguns jornais publicaram matérias ligando o seu nome aos dos empresários da Scamatti e Seller e Demop, que são investigadas por envolvimento com fraudes em licitações em pelo menos 78 prefeituras na região.
Vínculo
Antes de ter a Demop, Olívio Scamatti, seu pai e o irmão, trabalharam no frigorífico de propriedade do deputado. “O Olívio já foi gerente comercial e de compras de nossa empresa, nunca gerente financeiro, como algumas pessoas afirmaram. Tiramos uma foto juntos (com o Olívio), no lançamento de um empreendimento da Scamatti, que foi publicada no jornal A Cidade em 2012. Não tenho nada a esconder sobre isso, mas não tenho negócios com a empresa. Nunca tratei com os donos sobre os rendimentos da Scamatti”, explicou. Disse ainda que desde agosto do ano passado, por desentendimento pessoal, Carlão e Olívio Scamatti não conversam, assim contou o deputado.
O deputado disse ainda sobre o engenheiro Fernando César Matavelli, que foi secretário municipal em sua administração nos dois mandatos como prefeito de Votuporanga, e que trabalhava atualmente para a Demop. “Ele é um homem muito sério, decente e tem capacidade de trabalhar em todo país, mas não tenho nada com a contratação dele pela empresa”.
Testemunha
Carlão comentou que a testemunha entrevistada por um jornal da região de Votuporanga não garante o seu envolvimento com as empresas investigadas. “A testemunha disse imaginar que eu seja sócio da empresa. Isso não é certeza”, afirmou.
Comentou ainda que em setembro de 2010, a empresa Demop fez uma doação de R$20 mil para a sua campanha eleitoral.