Titular da pasta de Direitos Humanos opina que cidade possui locais para abrigar moradoras de rua, o que falta, para ele, é iniciativa
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O secretário de Direitos Humanos, Emerson Pereira, deseja que Votuporanga tenha um local destinado para acolher mulheres em situação de risco (ameaçadas) ou que estejam morando nas ruas. E esta é a principal bandeira que ele começa a levantar em sua pasta, que ele assumiu no mês passado.
A situação é de emergência. Nos dois últimos dias, ele foi procurado por mulheres que não têm onde morar, preparar suas refeições, tomar banho e para fazer suas necessidades fisiológicas. Uma delas está grávida e já recebe ameaças de que o bebê será retirado de seus braços.
Na opinião dele, a cidade possui prédios do Poder Público que poderiam estar sendo utilizados para a casa, que funcionaria em um esquema semelhante ao da Casa Abrigo Irmãos de Emáus, no Pozzobon, e foi criada pela igreja Nossa Senhora Aparecida (Matriz). De dia, as mulheres seriam encaminhadas para o mercado de trabalho, como por exemplo, o projeto “Votuporanga em ação”, ou participariam de cursos profissionalizantes oferecidos pelo CTMO (Centro de Treinamento de Mão de Obra “Altino Regiani”) Ou Senac, entre outros. À noite, dormiriam no local. Seriam oferecidas ainda três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar).
Na manhã de ontem, o secretário esteve com a reportagem com dois lugares que ele afirma serem apropriados para receber mulheres vítimas de agressão e ameaças, e aquelas que não possuem local para viver. Emerson adiantou que pedirá uma reunião com o prefeito Junior Marão, a delegada titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Edna Rita de Oliveira Freitas, a secretária de Assistência Social, Marli Pignatari, a poresidente do Fundo Social de Solidariedade Juliana Marão, e Ministério Público para debater sobre o projeto e apresentar os locais que poderiam abrigar o espaço.
Caso não seja possível a Prefeitura ceder um espaço público, Pereira vai sugerir que empresas possam ajudar a manter o espaço, doando móveis e alimentos. “Pedirei pelo menos uma reforma para a Prefeitura. Depois, sairemos em busca destas empresas que poderão nos ajudar, além de pedir parceria com a secretaria de Assistência Social, Coapinsp e Codafavo”, destacou.