Com passagens de trens várias vezes ao dia, quem precisa seguir para o Sonho Meu (ou vice-versa) deve aguardar até meia hora para esperar vagões passarem
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Os moradores da zona Sul da cidade esperam há anos a transposição da linha férrea. Votuporanga tem se desenvolvido e para eles, não é possível que haja, em pleno trecho urbano, o livre acesso de trens.
Para quem mora Conjunto Habitacional Sonho Meu e Jardim das Palmeiras II, além de demais pessoas que passam pelo local todos os dias, a promessa se renova a cada ano pelas autoridades políticas. Entretanto, até agora, não foi colocada em prática.
Para seguirem para o trabalho, escola ou centro de Votuporanga, eles precisam, muitas vezes, esperar o trem passar. E os vagões geralmente são muitos, o que faz a espera ser em média até meia hora. Além disso, muitos acidentes foram registrados no local. Na semana passada, dois cavalos foram atropelados, sendo que um deles precisou ser sacrificado devido aos graves ferimentos.
Reclamações
O jornal A Cidade esteve na manhã de ontem e presenciou a passagem do trem por volta das 10h. O pintor Ademir Agradano Ramos, 26, mora no Residencial Monte Verde. Como sua mãe mora no Palmeiras 2 (antes do bairro Sonho Meu), precisa passar pela linha férrea. Ele disse que chega a esperar até 30 minutos para que o trem passe. “Não tem horário para ele passar. Semana passada, dois cavalos foram atropelados”, falou.
O aposentado Marcílio Lopes, 47, mora no Sonho Meu e reclama da situação. Ele diz que há sete anos os moradores esperam pela transposição da linha férrea. “Nós estamos esquecidos aqui. Tem dia que o trem para e não tem como passar. Imagina se uma gestante ou alguém passa mal e precisa de socorro?”, indaga.
Ele ainda aproveitou para criticar o som alto que o trem faz. “De longe a gente já ouve, imagina quando está perto”, falou.
Para encerrar, ele pede para que as autoridades municipais olhem com maior atenção para a Zona Sul da cidade e providenciem, com a máxima urgência, a transposição da linha férrea.
Contato
Para falar sobre o projeto de transposição da linha férrea, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, que destacou que quem cuida do assunto é o Dnit. O jornal também fez o contato por telefone e e-mail, mas até o fechamento desta edição, ninguém retornou.