Em entrevista ao jornal A Cidade, Junior Marão fala sobre o primeiro semestre de sua administração, e a turbulência que enfrentou na Operação Fratelli
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O jornal A Cidade entrevistou nesta semana o prefeito de Votuporanga, Junior Marão. O foco da reportagem foi sobre o balanço dos seis primeiros meses de seu segundo mandato.
No ano passado, Marão foi reeleito na cidade com 42,954 votos, ou seja, 90,43% dos votos válidos. Ele disputou sua segunda administração com o candidato do PT, Silvânio Pirani (7,37%), e com a candidata Eva Maria (PcdoB), com 2,2% dos votos válidos.
Confira abaixo os assuntos abordados na entrevista:
Lazer para a população
A Prefeitura implantou nestes primeiros seis meses, o Domingo Cidadão, que leva informação e lazer aos moradores em diversos bairros da cidade. Sobre a área de lazer, o prefeito comenta sobre o que vem por aí.
“Esse é um exemplo de que continuamos trabalhando. É uma iniciativa do Fundo Social, da minha esposa Juliana Marão, que está liderando este projeto, reunindo as secretarias municipais e levando aos bairros serviços públicos, informação e lazer. Vamos fazer quatro este ano, um em cada canto da cidade. Olha, lazer é uma área que precisamos investir bastante. Votuporanga não teve a sorte, geograficamente, de estar localizada próxima a rios ou lagos, como Santa Fé do Sul, por exemplo, que facilita o lazer, mas temos que ser criativos e pensar em novas soluções. Para este mandato, queremos construir um grande parque natural ao redor da represa da Saev, com pista de caminhada com sete quilômetros de extensão, ciclovia, parques infantis, academias, quiosques, áreas esportivas e o nosso Jardim Botânico. Será o nosso Parque do Ibirapuera, abrangendo inclusive o Horto Florestal. Estamos em busca de recursos, nos governos Federal e Estadual, para viabilizar a construção do Parque, que será feita em etapas. Queremos entregar a maioria delas até 2016. E, também, continuar investindo em áreas de lazer nos bairros, na instalação de academias ao ar livre e promovendo eventos culturais e artísticos, agora coma Nova Concha Acústica e até o final do ano com o Centro Cultural e o Centro de Lazer do Trabalhador.” (KB)
Habitação
"Habitação foi prioridade no primeiro mandato e será prioridade neste segundo. Nos primeiros quatro anos, assumimos o compromisso de entregar 1 mil casas e, agora, até 2016, queremos entregar 2 mil residências. Já é o maior programa habitacional da história de Votuporanga. E, junto com esse programa, também temos a preocupação de acabar com as favelas da cidade, dar moradia digna para essas pessoas que moram vivem em situação de extrema pobreza, em áreas de risco, sem infraestrutura básica alguma. Já promovemos o desfavelamento do Ipiranga e São Cosme. As famílias foram realocadas e as casas estão em construção. Até o final do ano, entregamos essas residências, dando assim, moradia digna para cerca de 150 famílias. E estamos buscando agora os recursos para fazer o desfavelamento do Matarazzo e Esmeralda, as duas últimas favelas de Votuporanga. O desafio é encontrar áreas e estamos em negociação com o Governo Federal para que eles transfiram duas áreas pertencentes à União, a órgãos já extintos, como o IBC (Instituto Brasileiro do Café) e a RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), e estão localizadas próximas à Estação Ferroviária de Votuporanga. Se a doação for efetivada, cerca de 100 famílias. Entendemos que essas áreas são ideais, pois são próximas aos bairros Esmeralda e Matarazzo, onde essas famílias criaram raízes e vivem ali há anos. Não tem cabimento uma cidade como a nossa, com 100% de esgoto coletado e tratado, 100% de água tratada, 100% de asfalto, bons índices na educação e na saúde, ainda ter favela. Minha meta é que, com isso, Votuporanga não tem mais favelas.
Segurança
Com o aumento da violência na cidade, a reportagem questionou o prefeito sobre quando, de fato, será implantada a Atividade Delegada, além de outras ações para ajudar a segurança no município.
“É importante ressaltar que segurança pública é uma responsabilidade do Estado, o Município tem o poder de ação limitado. Uma Guarda Municipal, como em qualquer cidade, é voltada apenas para a preservação do patrimônio público, fiscalização de trânsito e rondas escolares. Não pode atuar em outras áreas. Dentro das nossas possibilidades, temos investido. Aumentamos o número de agentes de trânsito, o que ajuda a Polícia Militar, e assinamos convênio com o Governo do Estado para a implantação da Atividade Delegada em Votuporanga, que considero ideal e mais eficaz, por exemplo, que a criação de uma Guarda Municipal.
A Atividade Delegada permitirá aos policiais militares desempenharem suas funções nos dias de folgas no policiamento ostensivo e no apoio às ações que são responsabilidade do município, como silêncio urbano, proteção do patrimônio público, fiscalização de estabelecimentos, entre outros. Essas funções, hoje, são desempenhadas pela PM, o que sobrecarrega o serviço deles. Com a implantação da Atividade Delegada teremos mais policiais para efetivamente trabalharem na redução de crimes, como roubos, furtos e homicídios.
Porém, entendemos, também, que é preciso que a Secretaria de Estado de Segurança Pública aumente o efetivo da Polícia Militar de Votuporanga, até por isso, reunimos a sociedade civil organizada no sentido de unidos, chamarmos a atenção do Governo do Estado. Além disso, o aumento no efetivo da Polícia Militar de Votuporanga é ainda mais evidente principalmente, pela instalação de um novo CDP (Centro de Detenção Provisória) em Riolândia, já que a PM local dá suporte à penitenciária da cidade vizinha.”