O atual diretor executivo da PF é apontado como o preferido do ministro Torquato Jardim para a sucessão no comando da corporação
Com mais de 22 anos de carreira, o delegado Rogério Galloro já ocupou postos estratégicos na instituição (Foto: Divulgação)
Da Redação
O votuporanguense Rogério Galloro pode ser eleito diretor-geral da Polícia Federal. Pelo menos foi o que afirmou o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, que vê com bons olhos a possível indicação do atual diretor executivo da instituição que, se eleito, entra no lugar de Leandro Daiello. Caso realmente vingue a nomeação, Galloro passará a comandar as investigações de polícia judiciária, inclusive a Lava Jato.
Neste feriado, Galloro esteve em Votuporanga para rever amigos e familiares. Ele embarca nesta semana para a China, onde foi escolhido pelo Ministério da Justiça para integrar o Comitê Executivo da Interpol.
Possível nomeação
O presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral, afirmou que Galloro é hoje o nome que se apresenta com maior força para ocupar o cargo de diretor executivo, por ter carreira dentro da corporação e por ter o aval de Daiello. “O nome do doutor Galloro é hoje o que se apresenta com maior força, mesmo porque é um nome que deve contar com o ok, o aval do atual diretor-geral. Então, é um nome forte que se apresenta e, se confirmando essa mudança a gente espera que consiga retomar o processo de fortalecimento da Polícia Federal e que a não interferência política nas nossas ações seja uma regra a ser observada”, afirmou o presidente da ADPF.
Sobral lembrou que Galloro, como diretor executivo, é hoje o número dois na hierarquia da PF, sendo o substituto legal de Daiello. O dirigente da associação ressaltou que Galloro tem uma carreira na instituição, da qual também foi diretor de Logística e adido da embaixada do Brasil em Washington. “Ele integra a diretoria do doutor Daiello há algum tempo. Ou seja, é um nome que tem carreira dentro da instituição”, disse.
Em entrevistas na última semana o ministro da Justiça, Torquato Jardim, admitiu que deve substituir Daiello. Segundo ele, há hoje três nomes para assumir o cargo de diretor-geral da PF. “São três nomes, não posso divulgar. Um deles obviamente é o delegado Galloro, que é o diretor executivo, tem viajado bastante comigo, que tem ajudado muito na concepção desse plano. Ele e Daiello são os dois mais próximos e mais importantes com os quais eu trabalho na Polícia Federal”, afirmou o ministro.
Votuporanguense
O delegado Rogério Galloro tem familiares em Votuporanga, é filho de Raquel Viana e Antônio Galloro e é casado com Maria José Trento. É neto de Etelvina Leite Viana e do vereador Deocleciano de Souza Viana Filho, que dá nome à Praça da Câmara Municipal. Rogério também é sobrinho do prefeito João Dado.
Galloro ingressou na PF em agosto de 1995. Com mais de 22 anos de carreira, o delegado já ocupou postos estratégicos na instituição. Entre abril de 2011 e junho de 2013 foi adido da PF nos Estados Unidos. Ele também foi superintendente regional em Goiás (outubro 2007/janeiro 2009).
Em 2013, Galloro recebeu um Voto de Congratulação do vereador Serginho da Farmácia. A homenagem foi pela sua nomeação, na época, para o cargo de diretor executivo da Polícia Federal, no Brasil.