Oftalmologista votuporanguense alerta que apesar de não ser perigosa, a doença pode deixar sequelas; em 2021, 1.042 casos foram registrados
A conjuntivite inspira alerta na cidade; médica oftalmologista votuporanguense, dra. Virginia Celia Madeira de Carvalho explicou os sintomas e cuidados (Fotos: Creative Commons e Santa Casa de Votuporanga)
Da redação
Covid-19, gripe e dengue. O ano começou preocupante para o setor da saúde e outra doença que é uma velha conhecida dos começos de ano também já desperta a atenção: a conjuntivite. Nos primeiros dias deste ano a cidade já registrou 11 casos da doença e em 2021 foram confirmados 1.042 registros.
De acordo com a médica oftalmologista votuporanguense, dra. Virginia Celia Madeira de Carvalho, que atende pelo SanSaúde, conjuntivite é a inflamação ou infecção da conjuntiva, tecido transparente e vascularizado que recobre a esclera (parte branca do olho) e pálpebras internamente. Piscina, exposição prolongada ao sol, sauna, ar condicionado, exposição a aglomerados de pessoas e poeira facilitam o contágio e a propagação da doença.
“A conjuntivite pode ser alérgica, infecciosa ou química. A contaminação pode ser através do contato direto com as secreções oculares de outra pessoa com conjuntivite ou por meio de mãos ou objetos contaminados com os olhos”, explicou a profissional.
Os sintomas mais comuns, segundo dra. Virginia, são vermelhidão, coceira, fotofobia, sensação de areia, lacrimejamento ou secreção, e dores oculares e podem durar de 7 a 30 dias no geral.
“Normalmente, a conjuntivite evolui bem com tratamento, porém pode ocasionar cicatrizes internas em pálpebras superior e interiormente, cicatrizes corneanas que podem diminuir a acuidade visual”, completou a oftalmologista.
Números
De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde, o número de casos de conjuntivite tem caído nos últimos anos. Em 2018, por exemplo, a cidade viveu um surto, quando 3.378 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Em 2019 esse número caiu para 3.139 e chegou a 1.351 em 2020, quando começou a pandemia e houve uma menor aglomeração de pessoas, o que também ocorreu no ano passado, quando o número foi ainda menor.
Aos primeiros sintomas, a recomendação da Pasta é para que a pessoa procure atendimento inicial nos Consultórios Municipais, evite coçar olhos, mantenha as mãos limpas, troque de fronha diariamente e evite frequentar locais com aglomerações.