A trama terá uma história cheia de mistérios, intrigas e romances, que pretende mostrar que viver sempre vale a pena
Com um título inusitado a Globo estreia nesta segunda a sua nova novela das seis da tarde. O tema principal de “Êta Mundo Bom!” é o otimismo, pretendendo mostrar que, aconteça o que acontecer, a vida sempre reserva algo de bom. Tudo o que nos acontece tem o propósito de nos ensinar uma lição e nos tornar melhores. Esse é o lema de Candinho (Sérgio Guizé) que jamais se sente um coitado, apesar das séries dificuldades que o cercam desde o seu obscuro nascimento.
A história de “Êta Mundo Bom!” é ambientada na década de 1940, na capital e no interior de São Paulo. O autor Walcyr Carrasco, que escreveu a novela com a colaboração de Maria Elisa Berredo, Daniel Berlinsky, Marcio Haiduk e Claudia Tajes, inspirou-se no clássico “Cândido, ou o Otimismo”, de Voltaire, e também na versão da obra para o cinema brasileiro, “Candinho”, filme de 1954 estrelado pelo saudoso ator e produtor Amácio Mazzaropi.
Tudo começa nos anos 1920, na mansão da rica fazenda Goytacazes. Candinho (Sergio Guizé) nasce numa noite chuvosa, em clima de total tensão. O parto é muito difícil, e o Barão de Goytacazes (Celso Frateschi) pode chegar de viagem a qualquer momento. Com a ajuda da mucama e de sua mãe – a Baronesa de Goytacazes (Natália do Vale) – Anastácia (Nathalia Dill), que engravidou sem ser casada, conseguiu despistar o pai durante os nove meses de gestação. Mas, no dia do nascimento do bebê, ele chega em casa e se depara com a situação. O Barão ordena ao capataz que suma com a criança imediatamente. A mucama consegue impedir que o homem de confiança do patrão jogue o recém-nascido do penhasco, mas também não vê outra saída e acaba embalando Candinho num cesto e colocando-o no rio, à mercê da correnteza. A única esperança de Anastácia um dia reencontrar o filho é o medalhão com uma foto dela que consegue colocar no pescoço do bebê antes de a mucama deixar o quarto.
Levado pelas águas, Candinho vai parar na fazenda Dom Pedro II, uma propriedade decadente no interior de São Paulo, onde vivem Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savalla). O casal, que há tempos tenta um herdeiro sem sucesso, decide ficar com o bebê. Mas não demora para Cunegundes finalmente engravidar, e o menino vai sendo deixado de lado pelos “pais”, mesmo com a proteção de Eponina (Rosi Campos), irmã de Quinzinho, e Manuela (Dhu Moraes), a empregada da fazenda. Um amigo da família também está sempre por perto, apoiando Candinho: Pancrácio (Marco Nanini). Professor de Filosofia muito sábio, esperto e generoso, ele acompanha a vida do rapaz desde que chegou à fazenda e se interessa por sua origem com a intenção de ajudá-lo.
E, para piorar a situação de Candinho, depois do nascimento da primogênita Filomena (Débora Nascimento), Cunegundes espera um casal de gêmeos.
Anos 1940. Adulto, Candinho tornou-se um caipira típico e vive como empregado na fazenda. Cuida dos animais, serve à mesa, faz de tudo, sem direito a quase nada. Mora num barraco do lado de fora da casa principal, de onde recebe as ordens, normalmente aos gritos. Não sai de perto de seu “meió amigo”, o burro Policarpo, para quem Candinho confessa seus segredos mais íntimos, como o amor por Filomena. A bela morena corresponde, mas ninguém percebe o clima entre os dois, embora vivam grudados desde criança.
Até que um dia o primeiro beijo de Candinho e Filomena acontece. O casal é flagrado por Cunegundes, que, na mesma hora, arma um escândalo e exige, diante de toda a família, que Candinho seja expulso da fazenda. Na partida, ele pede para levar o burro Policarpo, seu amigo inseparável. Candinho vai embora, arrasado, deixando toda uma vida e seu grande amor para trás.
Preocupado, Pancrácio (Marco Nanini) alcança Candinho na estrada e o aconselha a ir para São Paulo, em busca de sua mãe. Soube, através do ex-capataz de uma rica fazenda, que um bebê fora abandonado na mesma época do seu nascimento, e que a mãe, de sobrenome Goytacazes, teria se mudado para a capital. Ainda usando o medalhão no pescoço, Candinho encontra uma missão: procurar sua mãe na cidade grande.
Este será o enredo principal, o qual será recheado de outros interessantes personagens, entre eles a Filomena. A moça passa os dias sofrendo com a partida de Candinho e acredita que nunca mais irá vê-lo. Desiludida ela foge com o caixeiro viajante Ernesto (Eriberto Leão) para São Paulo. Na capital, Candinho segue com sua vida e nem imagina que sua amada está bem perto. Enquanto isso, Filomena vive a desilusão de ter feito uma escolha errada e sem saída para livrar-se da exploração de Ernesto. Assim vai o enredo da trama até que no final Candinho e Filomena se reencontrarão. Pelo menos é isso que se espera de um final feliz.