Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
Na definição do dicionário, talento é quando uma pessoa possui aptidão ou faculdade especial, inteligência e disposição natural ou qualidade superior. No ambiente corporativo podemos complementar este conceito mencionando que um talento a ser desenvolvido é quando um colaborador possui ousadia, inovação e um alto grau de comprometimento em aceitar desafios na busca por melhores resultados em conexão harmoniosa com pessoas.
Este talento é uma pedra preciosa nas mãos dos bons gestores de pessoas, que buscam incansavelmente profissionais que sejam capazes de ir além das expectativas e contribuir ativamente para o crescimento dos resultados corporativos e do time como um todo.
Independente do grau hierárquico de atuação na empresa, esses profissionais fazem a diferença em seu meio. O conjunto de habilidades e boas posturas o colocam num patamar de admiração por parte dos gestores de pessoas, pois estes têm a consciência de que bem preparados poderão tornar-se os mentores de melhorias em processos, em aumento de produtividade e em ações inovadoras que delimitam o sucesso empresarial.
Mas onde estão esses talentos e por que eles demoram a serem descobertos?
Os profissionais com características de talentos estão por toda parte, nos almoxarifados, nas linhas de produção, na área de vendas e também galgando cargos de liderança. Entretanto, é preciso sim descobrir onde estão e desmistificar o conceito de que talentos são somente futuros coordenadores ou gerentes que irão liderar outras pessoas. As demais áreas e funções estão repletas de profissionais a serem lapidados sob a ótica de um talento, e sua futura contribuição será recompensadora e gratificante para a organização.
Muitos profissionais que por vezes trabalham silenciosamente nos desafios cotidianos têm grandes contribuições a oferecer para a empresa através de sua experiência, vivência e senso de observação aguçado pelo dia a dia corporativo. Eles conhecem melhor do que ninguém onde estão os problemas a serem resolvidos e possíveis soluções. Muitas vezes o que falta é apenas a oportunidade para que possam ter voz ativa nos processos de mudança.
Para isto é importante que a área de gestão de pessoas elabore programas de desenvolvimento destes profissionais atrelado à retenção e valorização dos mesmos, pois o mercado está atento e, a qualquer sinal de negligência, sua pedra preciosa pode se transformar em uma esmeralda nas mãos do seu concorrente.
Líderes preparados para identificar e lapidar talentos
Outro ponto importante para que os talentos possam ser descobertos, lapidados e engajados com sua continuidade na organização é a preparação dos líderes para lidar com este processo.
Uma liderança despreparada pode ser o primeiro sinal de falha para que um bom talento migre rapidinho para uma empresa concorrente com condições de clima de trabalho mais atrativas. Por isso os líderes também devem ser treinados para identificar e motivar seus talentos a todo momento, formando uma equipe que promove a cultura da colaboração, participação e valorização dos talentos.
Muitas vezes os próprios novos e futuros líderes podem ser identificados através da valorização de talentos, mas não necessariamente precisam desempenhar um papel de liderança formal. Os talentos também podem ser líderes informais, ou seja, aqueles profissionais capazes de assumir a postura de formadores de opinião e centralizadores do poder motivacional, capazes de trazer para perto de si outras pessoas que também querem contribuir com o crescimento dos projetos e da organização como um todo.
Não deixe para depois
Se a sua empresa ainda não parou para pensar em quem são seus talentos, a hora de começar é agora! O mercado é dinâmico e a concorrência está se tornando cada dia mais acirrada. Salários e benefícios não são mais os principais atrativos para os talentos da nova geração, mas a valorização de profissionais acima da média pode ser um dos mais importantes fatores de retenção para a sua companhia.