Coordenador da instituição que representa Votuporanga disse que as pessoas se aproveitam da situação para arrecadar dinheiro
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
O Hospital de Câncer de Barretos, maior e mais moderno hospital oncológico da América Latina, tem atendimento 100% via SUS, porém não consegue sobreviver apenas com o dinheiro do governo. O déficit do hospital chega a R$ 13 milhões por mês, dívida que é paga por meio de doações e eventos em prol da unidade. Em entrevista para a Rádio Cidade, o coordenador do hospital que representa Votuporanga, Antônio Carlos Curte, alertou a população sobre a grande quantidade de pessoas que se aproveitam da situação e pedem falsas doações para a instituição de saúde.
O coordenador disse que tem gente que usa o nome do Hospital de Câncer de Barretos para tentar arrecadar dinheiro e a população se comove e acaba doando o dinheiro. “Tem uma criança que sai vestida de palhaço pela cidade acompanhada pelo pai pedindo doações para o hospital. Ela passa pelos estabelecimentos dançando e pedindo dinheiro, mas isso não existe, isso é crime. Eu estou querendo ir atrás dessas informações para tomar providências”, disse.
Curte também falou de outra situação que está acontecendo na cidade. “Têm pessoas que andam de moto e passam de casa em casa pedindo doações para o Hospital de Câncer, mas eu tenho orientado e falado para que peçam o recibo para essa pessoa, entre em contato comigo que eu vou até ela para resolver a situação, porque realmente existem muitos aproveitadores na cidade e a população precisa ficar em alerta”, ressaltou.
Todo trabalho desenvolvido na cidade em prol do Hospital de Câncer de Barretos precisa passar pela coordenação do município. “É só entrar em contato que vamos realizar um documento com o logo do Hospital e aí teremos o conhecimento de que a pessoa está realizando esse trabalho. É só ligar nos números 981318677 ou 97893974”, avisou.
O analista de captação de recursos para o hospital, Jody Lawrance Woor, o “Gringo”, também estava junto ao coordenador de Votuporanga e disse que as pessoas precisam prestar mais atenção na hora de fazer uma doação. “Se uma pessoa bater na sua porta e pedir doação em dinheiro, você já pode ficar com o pé atrás, porque nós não vendemos e nem pedimos nada de porta em porta. Existem as campanhas que as pessoas fazem, mas como o Curte disse, precisa passar por ele para que ele tenha conhecimento do que está acontecendo na cidade. Fora isso, o hospital realiza apenas eventos, que normalmente as doações são feitas por empresas, que doam o que for preciso para que a festa possa acontecer e gerar recursos para ajudar o hospital”, explicou.
5º leilão Direito de Viver
Como exemplo dos eventos realizados para ajudar o Hospital de Câncer de Barretos, Curte destacou o 5º leilão Direito de Viver, que vai acontecer em Votuporanga no dia 20 de março, às 11h, no Pavilhão da Facchini. De acordo com ele, aproximadamente 25 voluntários estão pela cidade pedindo doações para a realização do evento.
“Para o leilão as doações são de gados e móveis novos. Mas na festa também teremos um bazar de roupas, então também estamos pedindo doação de roupas. Toda ajuda é muito bem-vinda e as pessoas que precisam do tratamento no hospital agradecem. Quem precisar de mais informações sobre o leilão, basta entrar em contato comigo.”, finalizou.