O ex-deputado federal não enxerga como traição, mas vê com estranheza o posicionamento do partido tucano para as eleições
Daniel Castro
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O anúncio da pré-candidatura do PSDB à Prefeitura de Votuporanga está dando o que falar. No último sábado, a sigla anunciou o empresário Helton Borges como possível concorrente ao cargo de chefe do Poder Executivo, e de lá para cá o assunto é bastante comentado, chegou até as redes sociais. O ex-deputado federal João Dado, pré-candidato a prefeito pelo Solidariedade, conversou com A Cidade e falou sobre o cenário político votuporanguense. Na opinião dele, a pré-candidatura do PSDB é um não-reconhecimento da sua atuação ao lado da sigla.
O ex-parlamentar comentou sobre os pronunciamentos feitos na noite de segunda-feira, na Sessão Ordinária da Câmara Municipal. Na oportunidade, o vereador Mehde Meidão usou a tribuna para defender Dado e fez críticas aos posicionamentos que teriam sido feitos por assessores do deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) em uma rede social. Conforme o vereador, Dado teria sido criticado por não ter nascido em Votuporanga. Sobre a questão, Dado destacou que o nível do comentário feito pelo assessor é baixo, algo que ele não quer dar prosseguimento. “O ideal é debatermos ideias e projetos, mas acredito que todos merecem respeito”, disse.
Em relação ao anúncio feito pelo PSDB, o ex-deputado contou que é um direito de qualquer partido lançar pré-candidatura. Ele revelou que não vê nada demais no anúncio, e que não está preocupado. “É um direito democrático deles, e nós disputaremos com tranquilidade”, falou.
Dado falou ainda sobre possíveis alianças. O líder do Solidariedade não descarta nada e observou que tem uma ótima relação com Osvaldo Carvalho, pré-candidato a prefeito pelo PMDB. “Me dou muito bem com o Osvaldo, então não descarto nenhuma hipótese”, acrescentou.
Questionado se vê como traição o posicionamento do PSDB em lançar pré-candidatura, já que sempre atuou do lado do partido durante 16 anos da sigla à frente do Executivo, Dado disse que não; no entanto, enxerga o anúncio como um “não-reconhecimento de alguns membros do PSDB”. “Causou uma certa estranheza”, falou.