Em coletiva, Júnior Marão afirmou que demissão de professora por agressão causou revolta da comissão dos docentes
Daniel Castro
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Em coletiva na tarde de ontem, às 16h30, o prefeito de Votuporanga, Júnior Marão, falou sobre o polêmico projeto de lei complementar que tramita na Câmara Municipal referente à educação. Na oportunidade, o chefe do Executivo anunciou a retirada da proposta e revelou ainda, que a demissão de uma professora por conta de agressão é a causa da revolta dos docentes.
O prefeito iniciou a coletiva falando sobre os avanços da educação no município. Ele destacou que sua gestão tem trabalhado duro para que as melhorias aconteçam. Entre os ganhos, disse que a cidade foi pioneira na implantação da Lei do Piso Nacional na região e que atualmente um terço da carga horária dos docentes é para realização de atividades fora da sala de aula e do ambiente escolar.
O gestor observou que todas as ações da pasta são discutidas amplamente pela Administração Municipal e são apresentadas à comissão dos professores, que sempre está ciente do que ocorre na pasta. Por isso, acrescentou, a estranheza em ver as atitudes tomadas pela comissão.
Em relação ao polêmico projeto, o prefeito esclareceu que no dia 18 de dezembro de 2015 comissão e Secretaria de Educação discutiram a proposta. No encontro, os representantes aceitaram a medida. Posteriormente, eles solicitaram algumas alterações, então ocorreu outra reunião, em que, no final, mais uma vez houve acordo. No entanto, já com o projeto em trâmite na Câmara, a comissão novamente não concorda com alguns artigos.
Na opinião do prefeito, não há explicação para a atitude dos representantes, uma vez que eles participaram da elaboração do projeto e pediram alterações.
Sobre a possibilidade de desmembrar o projeto, Júnior entende que “para nós construirmos uma educação que todos queremos, precisamos ter direitos e deveres; se analisarmos somente os direitos, vamos desequilibrar essa balança”.
“Nós estamos falando de algo que é um absurdo. Fizemos uma ata dia 18 de dezembro, todas elas assinaram, concordando, então nós concluímos o projeto. Depois disseram: ‘não é isso que nós queremos; queremos que tire isso, isso, isso’. Nós tiramos, concordamos, demos as mãos e enviamos para a Câmara, mas nesse meio tempo a professora Nélia foi mandada embora. É lamentável que eles tomaram essa decisão”, falou. O gestor lamenta que a questão tenha o desfecho com a retirada do projeto, porque a medida, conforme ele, proporcionaria muitos benefícios. O prefeito relevou também que viu conversas no aplicativo WhatsApp que comprovariam que os professores são contrários ao projeto por causa da demissão da professora. Vereadores e a secretária municipal de Educação, Sílvia Rodolfo, também estiveram na coletiva.