Dos 15 vereadores, somente Jurandir Benedito da Silva, o Jura, é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff
Daniel Castro
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Se no Congresso Nacional ainda há dúvidas se o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff passa, na Câmara Municipal de Votuporanga ele passaria com folga. No município, apenas um vereador é contra a queda de Dilma.
O jornal A Cidade conversou com os parlamentares e o placar ficou em 14 a 1. Somente o vereador Jurandir Benedito da Silva, o Jura (PT), não é a favor do impeachment. Na opinião dele, o processo não está sendo conduzido de forma correta. Ele destacou que é favorável a qualquer tipo de investigação, porém contrário a arbitrariedades e ações inconstitucionais.
O vereador Osmair Ferrari (PP) é a favor por tudo o que acontece hoje no cenário nacional. Ele lembra que o partido da presidente está envolvido em muitos casos de corrupção e citado em várias delações. “Ela não tem mais condições de governar, porque a oposição está muito forte. Todos os projetos que serão encaminhados para Câmara serão rejeitados se o impeachment não sair”, disse.
Pedro Beneduzzi (PV) também é a favor. Na visão dele, o país parou. “Não que ela seja má presidente, porém fizeram um buraco e agora ela não consegue tocar mais o Brasil. Tem que sair fora”, falou. O legislador destacou ainda que o país sofre com a alta do desemprego e as dificuldades enfrentadas por diversos fatores.
Outro que é a favor do impeachment é Vilmar da Farmácia (PV). “O segundo mandato dessa mulher é só BO. É preciso tentar tirar ela para ver se dá uma melhorada”, disse.
Mehde Meidão (PSD) também é a favor, porque entende que Dilma ficou em uma situação ingovernável. “Tem que dar uma chacoalhada e muita mudança. Acredito muito no que o Temer fala em diminuir ministérios, cargos de comissão”, comentou. Na opinião dele, só uma grande economia pode “salvar o país”.
Douglas Lisboa (PSDB) é a favor a partir do momento que há comprovado crimes de responsabilidade. Ele observou que caiu a popularidade, então a vontade do povo precisa ser respeitada, e a população não quer mais a presidente no cargo. “Temos que defender a mudança do governante. Ela continuar significa o país não andar mais para frente. Hoje há uma recessão econômica muito grande por causa da figura do presidente”, frisou.
Osvaldo Carvalho (PMDB) é a favor porque o país, na opinião dele, está parado, por isso é necessário “dar um basta, fazer com o que Brasil volte a caminhar”. Conforme ele, o BNDS precisa voltar a liberar recursos e os empresários precisam voltar a acreditar no Brasil. “O país precisa ressuscitar”, falou.
Emerson Pereira (SDD) é a favor porque vê a população muito descontente com a nova gestão do PT. “O povo está pintando a bandeira do Brasil de vermelho, porque o país está sangrando. Acho que a Dilma fez bons trabalhos anteriores, fez uma mudança na história da população, mas devido à crise, acredito que chegou a hora da mudança”, contou.
O presidente da Câmara, Serginho da Farmácia (SDD), também defende a queda da presidente. De acordo com ele, algo precisa ser feito para o país sair do buraco, e hoje a saída de Dilma seria o começo de uma solução.
Walter José dos Santos, o Wartão (PSB), é a favor porque entende que o Brasil precisa melhorar o quanto antes. Conforme ele, o país está parado e o povo é o mais prejudicado com tudo o que está acontecendo.
Gilmar Aurélio, o Gaspar (SDD), também é a favor do impeachment. Na visão dele, a alteração de governo é fundamental para uma mudança tão necessária atualmente. Para ele, a presidente, com as chamadas pedaladas fiscais, errou muito, então merece sair.
Edílson do Santa Cruz (PTB) quer a queda da presidente porque ela não cumpriu as normas fiscais, portanto precisa ser punida. O impeachment, acrescentou, também serviria de exemplo para que outros governantes não cometam os erros de Dilma.
Eliezer Casali (PV) é a favor do impeachment porque o governo já perdeu toda a credibilidade e sem isso é bastante complicado governar uma nação. Ele enxerga a situação do governo Dilma insustentável.
Sílvio Carvalho (PSDB) também é a favor do impeachment. Para ele, no contexto geral o atual governo está sem crédito para governar. Além das pedaladas fiscais, há suspeitas de diversas fraudes, como desvios de dinheiro nos órgãos públicos.
Matheus Rodero (PSDB) disse que apoia a queda da presidente porque há um grande desgaste político, o que torna impossível a governabilidade. Conforme ele, o país está estagnado e as pedaladas fiscais são, sim, motivo para impeachment.