Já no “muro da vergonha” foram colocados os nomes dos deputados que votaram contra o processo do impeachment
Daniel Castro
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Em Votuporanga a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara Federal, no domingo (18), contou com telão e “muro da vergonha”, instalados na praça Fernando Costa, a Praça da Matriz. A transmissão começou por volta das 10h e seguiu até às 23h30. Cerca de 200 pessoas acompanharam grande parte da votação durante tarde e noite. Já aproximadamente 300 manifestantes estavam no final e comemoraram a aprovação.
No “muro da vergonha” foram colocados os nomes dos deputados que votaram contra o processo do impeachment.
Renato Gaspar Martins, diretor da rede de supermercados Santa Cruz e um dos organizadores da instalação do telão, acredita que agora “todas as estrelas da bandeira brasileira voltem a acender e o Brasil retome o crescimento”. “Essa é a nossa sensação e a palavra esperança realmente voltou”, disse logo após a aprovação.
Um dos organizadores, o professor Cláudio Stein, 41 anos, gostou da participação dos munícipes. Ele entende que o mais cômodo é assistir em casa, no entanto, mesmo assim algumas pessoas assistiram à votação no telão. “Valeu a pena porque é uma mobilização importante”, comentou.
Em relação ao resultado, Cláudio disse que era o esperado. “Foi tipo assistir um jogo já sabendo do resultado final”, disse. Agora, acrescentou, as expectativas para o trâmite no Senado são muito boas, porque a tendência é passar. O professor acredita que a defesa de Dilma tente várias manobras para evitar o impeachment, porém entende que as tentativas serão inúteis.
Cláudio não vê em Michel Temer a melhor solução para o país, mas enxerga que a presidente deve sair. “Convocar eleições seria a melhor saída para tirar todos esses que estão aí”, falou. Com a queda de Dilma, ele espera que surja um ânimo na economia.
Outro organizador do ato, o empresário Everton Ávila, 27 anos, ficou contente com a participação das pessoas, mesmo sabendo que nem todos poderiam ficar durante a votação inteira. Ele acompanhou tudo e ficou até cerca de 23h. “Foi bom acompanhar o todo o processo e ver quem votou contra e a favor”, disse.
Sobre o resultado, Everton observou que já era o esperado. Para ele, o mais difícil passou, que foi a votação na Câmara; agora, no Senado, a tendência é passar com mais facilidade. “O resultado foi o que nós esperávamos e torcíamos”, falou.