Alguns repasses estão paralisados há mais de um ano; há casos em que o Governo Federal ainda não passou nada
A obra da Academia da Saúde, localizada no distrito de Simonsen, já deveria ter sido concluída há mais de dois meses
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Os cortes de repasses do Governo Federal tem prejudicado o andamento de obras em diversas cidades do país. Em Votuporanga, a situação não é diferente. São dez obras paralisadas por fata de recursos, que somam quase R$ 3 milhões. O pior é que em muitos casos não há previsão para retorno do repasse.
A construção do Complexo Esportivo do bairro Paineiras está orçada em R$ 975.000, porém faltam R$ 184.567. O orçamento da Academia da Saúde, no distrito de Simonsen, é de R$ 100 mil, no entanto faltam R$ 80 mil. A Construção do Consultório Municipal Danieli Cristine Lamana custa R$ 659.000, mas falta o repasse de R$ 527.200.
Outro Consultório Municipal parado é o do bairro Carobeiras, que tem orçamento de R$ 512.000, porém falta receber R$ 409.600. Orçada em R$ 292.500, a Reserva Ecológica Santa Clara de Assis simplesmente não recebeu nada ainda. É a mesma situação da construção da Praça Pública Adilson Francisco de Souza Ribeiro, que custará R$ 243.750, mas até o momento o município não recebeu nenhum recurso.
Há ainda mais duas obras que não receberam nenhuma parte da verba. A implantação da Praça Pública, no bairro da Estação, tem o orçamento de R$ 245.850. Já a construção de Centro de Referência de Assistência Social (Cras) custará R$ 450.000. Por fim, mais um Consultório Municipal está com obras paradas por falta de recursos: o Carmem Martins Maria Morettin, que é orçado em R$ 659.000, mas o município ainda não recebeu R$ 527.200.
A reforma da praça Martinho Nunes Pereira, conhecida como praça do Tobogã, localizada no bairro Pozzobon, também está paralisada e conta com recursos federais.
Segundo o prefeito Junior Marão, com os repasses atrasados a prefeitura não está conseguindo levar as obras adiante apenas com a contrapartida do município. Ele ressalta que a situação do país está muito complicada. “Aqui em Votuporanga, nós temos conseguido cumprir nossas metas através de recursos buscados em outras fontes, que não seja aquele que está previsto dentro do orçamento, para poder fazer as contrapartidas necessárias, mas não dependemos apenas do município”, esclareceu.
Ainda conforme o chefe do Executivo, alguns recursos estão há mais de um ano atrasados. Ele lembra que não é somente Votuporanga que está sofrendo com a crise. “Todos os prefeitos que dependem de convênios têm sofrido muito nesses últimos dois anos”, afirmou.