Após distrato da empresa, obras que já estavam paradas há mais de seis meses não têm data de recomeço e nem de término
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Faz pouco mais de seis meses que as obras do Programa de Desfavelamento do São Cosme estão paradas. Isso porque a empresa que estava realizando o serviço pediu distrato do contrato por problemas judiciais. Desde então a Prefeitura ainda não realizou uma nova abertura de licitação para finalizar a obra, que agora segue sem data de recomeço e término.
A construção das 22 casas teve início em 2013 e de lá para cá já foram adiadas duas entregas, em 2014 e 2015. De acordo com a Prefeitura, a Secretaria de Obras ainda está finalizando a planilha orçamentária para encaminhar ao setor de licitação para abertura do novo procedimento. “O novo cronograma será cumprido de acordo com a nova licitação”, disse o Executivo, ressaltando que a entrega para este ano estava prevista para acontecer em outubro, porém sem o contrato com uma nova empresa nada está definido.
Enquanto nada fica pronto, as 22 famílias que foram retiradas daquele local permanecem morando em casas alugadas por meio do programa de aluguel social, enquanto outras continuam dividindo as despesas com os familiares. A Prefeitura oferece auxílio a essas famílias no valor de R$ 300 ou cede imóvel para moradia provisória.
A construção destas casas é em parceira com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O investimento total até o momento é de R$ 528.231,89. O prazo contratual firmado com a CDHU é para a entrega acontecer em outubro deste ano. Tanto o investimento quanto o prazo de entrega devem mudar com a contratação de nova empresa.
Entenda o atraso
Quando a obra começou, em setembro de 2013, a previsão inicial era de entregar as casas no primeiro semestre de 2014. Em dezembro do mesmo ano, a Prefeitura informou que a intenção era finalizar a obra em junho de 2015. Depois o prazo passou para dezembro e depois para outubro de 2016.
No início da construção houve o primeiro problema. De acordo com a Prefeitura, a empresa responsável pela obra justificou que passou um período de dificuldade na contratação de mão de obra e compra de materiais, mas que retomou normalmente os serviços.
Houve ainda outro problema, no início da obra, a empresa terceirizada para a execução do serviço desistiu e o trabalho precisou ser repassado a outra construtora, o que também comprometeu o andamento das atividades. Além disso, inicialmente a construção também sofreu com alguns problemas técnicos e foi preciso refazer o trabalho de sondagem de alguns terrenos.
Agora o problema se repete com a desistência da segunda empresa contratada, o que também contribui para o atraso e deixa em dúvida se as casas serão mesmo entregues em outubro deste ano, já que, como afirmou a Prefeitura, o cronograma será redefinido com a nova construtora.