O assunto foi levado pelo vereador Pedro Peneduzzi na última sessão da Câmara Municipal
Daniel Castro
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Uma reclamação sobre demora no atendimento dos dentistas do SUS foi relatada na 28ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga, na noite da última segunda-feira. O assunto foi levado pelo vereador Pedro Peneduzzi, que reivindicou providências.
De acordo com o parlamentar, no ano passado foi votado e aprovado um projeto sobre regulamentação do trabalho dos dentistas que atuam no SUS (Sistema Único de Saúde). Na oportunidade, Pedro votou contra. “Nós sabíamos que iria ter reclamações, e não é de hoje. Desde janeiro as pessoas estão reclamando”, contou.
No ano passado, acrescentou o vereador, era alegado que não havia demanda, porém hoje, ao que tudo indica, a situação é diferente. Ainda segundo Pedro, um idoso, de 83 anos, procurou o atendimento no início do mês, e só conseguiu agendamento para o dia 25. “A fala que eu escuto lá é que arranca um dente de cada vez. Ele tem seis dentes na boca, então vai colocar o aparelho na boca somente o ano que vem”, comentou.
O legislador reafirmou que no ano passado disse que os vereadores “estavam dando um tiro no pé se o projeto fosse aprovado”. “Eu entendo que quatro horas é razoável para trabalhar, porém mudaram de quatro para três e infelizmente que vai pagar o pato são os idosos e os mais necessitados”, falou.
Por sua vez, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que não há fila de espera, visto que os serviços de saúde do município trabalham com estratégia de acolhimento e classificação de risco de pacientes, o que inclui as consultas odontológicas. A pasta ressalta que cada unidade de saúde faz o seu acolhimento e sua classificação de risco.
Já sobre a mudança da carga horário dos dentistas, a Secretaria diz que a redução da carga horária não ocasionou qualquer diminuição nos números de pacientes atendidos e de procedimentos odontológicos realizados. “A redução na jornada de trabalho desses profissionais deve-se ao cumprimento à lei complementar de 17 de junho de 2015, com exercício a partir de 1º de julho de 2015”, explicou. A pasta explica que em comparativo entre os meses de maio e junho de 2015 (antes da redução de jornada), e maio e junho de 2016 (após a redução da jornada) verifica-se, inclusive, um aumento na produção desses profissionais