O Projeto de Lei nº 113/2016, de autoria do Poder Executivo, autoriza o município a contratar financiamento do PMAT
Daniel Castro
O projeto mais esperado para ser votado na 28ª Sessão
Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga é o que autoriza o município a
fazer um financiamento de R$ 6 milhões. A proposta rendeu debates na Casa de
Leis. Por fim, após uma emenda do Poder Executivo, foi autorizado um
financiamento de R$ 2,2 milhões.
O Projeto de Lei nº 113/2016, de autoria do Poder Executivo,
autoriza o município a contratar financiamento do PMAT (Programa de
Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais
Básicos), do BNDES junto à Caixa Econômica Federal. Caso aprovado, o Executivo
poderá contratar e garantir financiamento na linha de crédito PMAT até o valor
de R$ 6 milhões, “observadas as disponibilidades legais em vigor para a
contração de operações de crédito”. Os recursos do financiamento serão
obrigatoriamente aplicados na execução de projeto integrante do PMAT. É
proibida a aplicação dos recursos em despesas correntes.
De acordo com o vereador Sílvio Carvalho, o Silvão, líder do
Executivo na Câmara, a alteração no projeto foi realizada por conta das
dificuldades que o BNDES está tendo em fazer empréstimos. “O BNDES não está
aguentando emprestar dinheiro e não receber. Ele está quebrado, por isso
precisamos diminuir o valor”, falou.
O parlamentar explicou que a Prefeitura fez um novo
levantamento e constatou que o BNDES poderia emprestar somente R$ 2,2 milhões,
portanto esse é o valor que será aplicado na aquisição de equipamentos para o
novo prédio. Ele ressaltou que a única mudança na proposta foi o valor,
portanto não haveria necessidade de ser feito outro projeto.
O vereador Jurandir Benedito da Silva, o Jura, entrou com
pedido de vista ao projeto – quando a Câmara concede mais alguns dias para os
vereadores analisarem a iniciativa. Então, a Casa votou o pedido de Jura, que
foi rejeitado pela maioria.
Na opinião do vereador, a Prefeitura “não fez o dever de
casa e não consultou para saber qual o valor máximo para o financiamento”. Ele
reclamou que, por conta da alteração, a iniciativa deveria ser melhor analisada
pelos legisladores para depois ser votada, no entanto foi vencido pela maioria.
Já na votação do projeto, que agora passaria a autorizar o
financiamento de R$ 2,2 milhões, a proposta foi aprovada, mas recebeu os votos
contrários de Jura, Osvaldo Carvalho e Osmair Ferrari.
Jura voltou novamente até a tribuna e rebateu seu colega
Silvão. “O problema não é o BNDES, que está quebrado. O problema é que a
Prefeitura tem um teto, um grau de investimento”, falou. Por sua vez, o líder
do Executivo garantiu que a situação financeira da Prefeitura é saudável para
financiamentos até maiores.