Árvore que serve como sustento para casa de seis gatos de rua está oca e precisará ser retirada da praça Santa Luzia
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Quem se lembra do Aurélio Sérgio Simonato, o técnico moveleiro que construiu uma casa na árvore para abrigar gatos abandonados da praça Santa Luzia? O morador de Votuporanga anda um pouco preocupado ultimamente, já que recebeu a notícia de que a árvore, que serve como sustento para a casa de seis gatos de rua, está oca e condenada. Agora, o desafio é encontrar outro local para abrigar os bichanos.
Poucos dias depois de construir uma casa maior ao lado da que já existia na árvore, Aurélio descobriu que precisará mudar os gatos de local. “Essa árvore está oca há muitos anos, tanto que os animais, antes de eu construir as casas, ficavam dentro do tronco. Inclusive, foi isso que me motivou a construir esses abrigos para eles”, contou.
A preocupação de Aurélio é na hora da retirada da árvore, já que os gatos não estão acostumados a viver no “chão”. “Eles nasceram e cresceram aqui nessa árvore, isso fez com que eles se tornassem selvagens, não sabem se comportar no chão, no meio de carros e pessoas. Eu tenho medo que algo possa acontecer com eles se na hora da retirada não houver nenhum tipo de cuidado, ainda mais agora que tem quatro filhotes, além dos dois adultos”, revelou.
O pedido de Aurélio é que ele seja informado pela Prefeitura antes da retirada para que ele possa estar presente e tomar as medidas necessárias. “Eu entendo que uma árvore oca pode cair a qualquer momento e machucar alguém, a minha única preocupação em relação a isso é não ser avisado e cortarem a árvore. Os gatos vão se assustar e sumir, eles provavelmente morrerão”, falou.
Aurélio explicou que pretende dopar os bichanos e colocar as casas em outro local. “Como eles são muito ariscos, não vejo alternativa, e isso acaba sendo o melhor também porque eles não vão estranhar e se assustar. Vou dopar, e colocá-los junto com as casas em outro local. Eu só preciso agora encontrar outra árvore que dê certo para essas duas casas que eu construí”, comentou.
O A Cidade entrou em contato com a Saev Ambiental que, por sua vez, explicou que o agrônomo responsável realiza as vistorias de árvores que estão nessa situação. Porém, segundo a autarquia, o profissional ainda não realizou a vistoria, apenas recebeu uma notificação informando sobre a condição da árvore. Ainda segundo a Saev, não é ela a responsável pela retirada de árvores, e caso isso for necessário, ficará por conta da Prefeitura e a secretaria competente.