Em entrevista para a Rádio Cidade, o diretor do IFSP de Votuporanga, Marcos Furini, falou sobre a situação que vem deixando a todos preocupados
Certas coisas na vida em sociedade são indispensáveis. A educação, por exemplo, além de um direito previsto em lei, é também uma esperança para um futuro melhor. Em Votuporanga, cortes do Governo Federal na educação vêm causando preocupação em educadores e estudantes da unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).
Em entrevista para a Rádio Cidade, o diretor do IFSP de Votuporanga, Marcos Furini, falou sobre a situação que vem deixando a todos preocupados. “Basicamente o que vem acontecendo em Votuporanga não é um caso isolado, desde o ano passado a educação e a saúde vem sofrendo cortes por parte do Governo Federal. Agora estamos trabalhando no limite para desenvolver minimamente as funções que nós vínhamos desenvolvendo com uma certa excelência”, explicou Marcos.
O diretor conta ainda que o Governo Federal não vem acompanhando o desenvolvimento dos trabalhos feitos pelo Instituto Federal, ou seja, as verbas não estão sendo suficiente para suprir as necessidades da unidade local, que ao longo dos anos vem aumentando o número de cursos, de projetos de pesquisas, entre outras expansões feitas pelo IFSP. “Infelizmente a gente está chegando em um momento em que realmente vai começar a impactar, bolsas para os alunos vão começar a faltar, verbas para comprar equipamentos, livros até se fazer manutenção mínima do campus”.
O estudante do curso superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Raphael Pitta, falou em nome dos alunos do Instituto Federal. Raphael conta que atualmente a maior preocupação dos alunos é relacionada a toda infraestrutura do campus, que segundo ele, atende todas as necessidades de cada curso oferecido. “Hoje a gente laboratórios completos, uma biblioteca excelente, professores excelentes, projetos de extensão cientifica, bolsas de iniciação cientifica tudo para um ensino de qualidade. Com esses cortes, que se não me engano o arrocho é de quase 20 anos, nosso medo é sucateamento dessa infraestrutura, não só pra nós, pois é capaz que isso venha a afligir até mesmo meus filhos, pois 20 anos é uma geração inteira”, contou.
O diretor da unidade, Marcos Furini, comentou ainda que mesmo com os cortes a ideia do Instituto Federal é não recuar, sendo assim, vão continuar buscando soluções e auxílios para a instituição não retroceder naquilo que já foi conquistado. Ele finalizou dizendo “que o processo seletivo vai continuar sendo realizado no segundo semestre, então os cursos técnicos vão ser ofertados, provavelmente em outubro deverá haver uma divulgação”. (Colaborou Rivaldo Silva)