A greve dos bancários em Votuporanga teve adesão de funcionários de duas agências: Caixa Econômica Federal e Santander
A greve dos bancários em Votuporanga teve adesão de funcionários de duas agências do município: Caixa Econômica Federal e Santander. Em cidades da região os bancários também aderiram à greve, sendo que Fernandópolis o município com maior número de agências com atendimentos paralisados.
Segundo o presidente do sindicado dos bancários de Votuporanga, Harley Vizoná, a Federação dos Bancos (Fenaban), reabrirá as negociações nesta sexta-feira (9), a partir das 11h. “Temos que aguardar o que irá acontecer agora, mas acreditamos que possa sim haver uma proposta positiva”, afirmou Vizoná.
Harley contou que em Votuporanga bancários da Caixa Econômica Federal e Santander aderiram à greve. Em Fernandópolis apenas funcionários do Bradesco não paralisaram os atendimentos ao público. Já em Jales e Santa Fé do Sul, as agências que tiveram adesão da greve foram a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Nas agências em greve apenas as transações em caixas eletrônicos estão sendo realizadas.
Reivindicações
De acordo com Harley Vizoná, os trabalhadores não aceitaram a última oferta da Fenaban, na qual foi apresentada ao Comando Nacional dos Bancários índice de reajuste salarial de 6,5% que representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). “Além dos salários, esse reajuste rebaixado significaria, em um ano, uma perda de R$ 436,39 nos vales-alimentação e refeição, se levada em conta essa inflação projetada”, explica o Sindicato.
Para o Sindicato, os bancos “tentaram confundir os trabalhadores com mensagens nas suas intranets, somando o abono de R$ 3 mil proposto, ao índice de 6,5%, como se isso significasse aumento real para os salários”. Os sindicalistas explicam que os trabalhadores não são bobos e querem reajuste digno para os salários, proteção aos empregos, acabar com o assédio moral, as metas abusivas, a sobrecarga de trabalho. “Os bancos não apresentaram nada, e recusaram pontos importantes para a categoria como a renovação do vale-cultura, o fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres, o vale-refeição na licença-maternidade”, ressalta o Sindicato. (Colaborou Rivaldo Silva)