Líderes locais do partido dos trabalhadores comentaram a saída de Dilma Rousseff da presidência da República ontem
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O assunto de mais comentado de ontem foi o fim do processo de impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff. Como não poderia ser diferente, o partido da agora ex-presidente, o PT, em Votuporanga, comentou a questão. Para o presidente do partido, Beto, foi uma “injustiça”.
O jornal A Cidade conversou com duas das principais lideranças do Partido dos Trabalhadores no município: o vereador Jurandir Benedito da Silva, o Jura, e José Roberto Garcia, o Beto, presidente do diretório municipal.
Jura relatou que já esperava que isso acontecesse, uma vez que o cenário é completamente desfavorável no atual Congresso Nacional. “Era algo praticamente irreversível”, analisou. Ele espera que agora os poderes constituídos cumpram o seu papel e sigam fiscalizando quem estiver no poder. “É bom lembrar que ela vai tirada por uma ação administrativa, enquanto muitos dos que a condenaram são investigados por corrupção”, acrescentou. O parlamentar ressaltou ainda que o Congresso “parou para cassar a presidente”.
Para o legislador, o momento é de reflexão, em que o PT deixa de ser o foco, mas segue sendo oposição e preparado para fiscalizar as ações do atual governo.
Na opinião de Beto, a forma como a então presidente foi retirada do poder é injusta, porque ela foi eleita democraticamente. “A maioria dos votos, mais de 54 milhões, então não valem nada?”, questionou. O presidente fez outro questionamento: “será que a maioria é a favor desse novo governo? E o povo, está satisfeito?”.
Beto gostaria que a forma de fiscalizar os governos seja igual para todos, algo que, na opinião dele, não ocorre no momento. Ele destacou que o PT seguirá fiscalizando e fazendo uma oposição contundente ao atual governo. “Aconteceu o que aconteceu, mas o partido não para. Vamos seguir trabalhando”, falou.