Apesar disso, conduta do atacante foi repudiada pela diretoria, que aponta responsabilidade também do Red Bull
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A semana iniciou ainda com a repercussão do episódio lamentável que envolveu o jogador da Votuporanguense, Anderson Cavalo, e integrantes da comissão técnica do Red Bull Brasil, na partida do último sábado (1º), na Arena Plínio Marin, pela Copa Paulista. No domingo (2), a diretoria do CAV, por meio do presidente Marcelo Stringari, divulgou uma nota afirmando, entre outras coisas, que o jogador da Alvinegra foi alvo de “injúrias discriminatórias”.
Na nota, o CAV repudia qualquer forma de violência por parte de seus atletas, membros da comissão técnica, colaboradores ou torcedores, e reprova veementemente a conduta de Anderson. Após analisar imagens, o Stringari aponta que no momento da expulsão do jogador da Alvinegra, enquanto ele deixava o gramado.
Acabou “notoriamente provocado pelo colaborador do departamento médico do Red Bull Brasil, de maneira a insultá-lo, inclusive proferindo injúrias discriminatórias, o que, ato contínuo, ocasionou todo o tumulto”. Ainda segundo o CAV, em decorrência do que aconteceu, Cavalo também sofreu grande revide por parte de vários integrantes da comissão técnica e atletas do Red Bull Brasil, “que nitidamente em maior número, começaram um verdadeiro linchamento, transformando o ora suposto agressor em vítima que passou a se defender, assim, as imagens demonstram de modo incontestável”
Marcelo também contestou informações de que estariam sendo divulgadas, principalmente por representantes do RBB, de que a Arena Plínio Marin não teria oferecido condições de segurança para os visitantes. “Concluímos assim, por manifestar nossa discordância da tentativa de imputar somente ao nosso atleta a responsabilidade pelos fatos ocorridos, e de modo leviano, nosso adversário tenta induzir a imprensa pela falta de segurança que não existiu. Parabenizamos nossa grande torcida, que se comportou de modo ímpar em todos os momentos, e, sem embargos, apresentamos nossas escusas pela atitude antidesportiva dos envolvidos de ambos os lados”, assinou a nota Marcelo Stringari.
Súmula
Na súmula da partida, o árbitro Clayton de Oliveira Dutra, que anulou o gol que na sequência resultou na expulsão da cavalo, foi rígido contra o CAV. Ele contou que após o cartão vermelho, o atacante da Votuporanguense estava indo para o vestiário quando chutou a bola, atingindo o massagista Hesdras Freitas do RBB.
Em seguida, desferiu e atingiu com um soco o rosto do massagista, iniciando um conflito entre ambos com chutes e pontapés. O profissional do Red Bull se encontrava atrás da meta, atendendo o jogador de sua equipe. Após o fato, ainda segundo a avaliação do árbitro, membros de ambas comissões técnicas e jogadores foram em direção aos dois, dando assim início a um novo conflito.
O atacante do CAV, Faísca, foi citado por dar chutes e pontapés no massagista, e o jogador do RBB, Wellington Rato, teria agredido Anderson Cavalo. Os três foram expulsos.
Ainda de acordo com a arbitragem, no conflito ocorreram outros incidentes, não sendo possível identificar os causadores devido ao número de pessoas envolvidas. “O conflito estendeu-se no túnel de acesso ao vestiário, não sendo possível identificar o ocorrido no local”, destacou em súmula o árbitro.