Entretanto, funcionários dos bancos do Brasil, Caixa e Santander continuam de braços cruzados; paralisação chega ao seu 29º dia hoje
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Considerada como a maior greve dos últimos 12 anos, os servidores bancários de Votuporanga continuam de braços cruzados. Nesta terça-feira, dia 3, a paralisação completa 29 dias no município, porém apenas os bancos do Brasil, Caixa e Santander estão aderindo à greve, já que no Bradesco, HSBC e Itaú os funcionários voltaram a trabalhar normalmente.
Em conversa com o A Cidade, o presidente do Sindicato dos Bancários de Votuporanga, Harley Visoná, diz que a greve deve continuar por tempo indeterminado. “O presidente da Federação Nacional dos Bancos está mediando a reabertura de uma nova negociação com o sindicato nacional, porém nada foi definido ao certo ainda”, explicou.
No último encontro, que aconteceu na quarta-feira, 28, a Federação ofereceu aumento de 7%, mas os trabalhadores pedem reajuste de quase 14,62% no salário. Até o momento foram nove reuniões entre as entidades.
Em nota, a Federação informou que “a proposta apresentada traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da convenção coletiva com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica”.
Atendimento
Em nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.