A última chuva havia sido registrada entre os dias 19 e 21 de maio, período em que choveu 95 mm de água
A quantidade de água, porém, ainda não é o suficiente para a agricultura da cidade
Da Redação
Depois de 88 dias de tempo seco em Votuporanga, a chuva do último fim de semana, de sexta-feira a domingo, amenizou a poeira e melhorou a umidade do ar. Segundo a Coacavo (Cooperativa de Agronegócio de Armazenagem de Votuporanga), em três dias choveu 25 mm. A última chuva havia sido registrada entre os dias 19 e 21 de maio, período em que choveu 95 mm de água.
A umidade relativa do ar na tarde de ontem era de 96%. O recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de 60%, sendo que índices inferiores não são adequados para a saúde humana. A temperatura ficou em torno de 24ºC.
Segundo o engenheiro agrônomo e assistente de planejamento da Casa da Agricultura de Votuporanga, Ricardo Pereira, a quantidade de água nesses últimos três dias ainda não é o suficiente para a agricultura da cidade e região. “Foi pouca chuva e ainda não é o suficiente. Ela favorece a condição de umidade do ar e diminui o risco de algumas queimadas, mas para o preparo de solo na agricultura ainda é insuficiente. Geralmente recomendamos uma chuva acumulada de pelo menos 80 mm para começar o preparo do solo para o plantio e por enquanto ainda é cedo, devemos começar em setembro”, explicou.
O engenheiro agrônomo contou ao A Cidade que o período de seca já está chegando ao fim e que os agricultores estão animados e ansiosos aguardando as próximas chuvas. “Essa chuva vai dar um pouco de estímulo para a chegada das próximas. Com essa chuva, os agricultores começam a se preparar. Neste período, a partir de setembro, são plantados grãos, como milho e soja”, afirmou Ricardo Pereira.
Ele contou ainda que neste ano o período de seca foi mais longo que no ano passado, porém, as chuvas de outubro de 2016 a maio deste ano ajudaram na safra. “Mesmo com o longo período de seca, as chuvas foram bem distribuídas no período chuvoso, o que contribuiu. A expectativa é que ocorra novamente o período de chuvas distribuídas durante esse período de verão”, concluiu o engenheiro agrônomo e assistente de planejamento.
(Colaborou Gabriele Reginaldo)