Entres os projetos apresentados ontem está o que visa instituir a taxa de coleta de resíduos sólidos em Votuporanga
Na noite de ontem a 44ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga (Foto: Gabriele Reginaldo/A Cidade)
Da
redação
Foi realizada
na noite de ontem a 44ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga. Na
oportunidade, os vereadores aprovaram por unanimidade a Lei Orçamentária do
município para o ano que vem. A estimativa para o orçamento do ano que vem é de
R$ 340.308.000,00. O valor aumenta apenas 1,94% em relação a 2018.
Na LDO para o
exercício de 2019, consta que a Prefeitura tem orçamento de R$ 276.000.000,00,
a Saev Ambiental R$ 39.668.000,00, e o Votuprev, R$ 24.640.000,00 resultando em
um total de R$ 340.308.000,00.
O orçamento da
Educação cresceu 6,73% e é de R$ 82.558.500,00. Já o orçamento da Saúde
aumentou em 6,59% e será de R$ 72.362.500,00.
Coleta de lixo
Entre os
projetos apresentados estava a proposta de Lei Complementar que tem o objetivo
de instituir a taxa de coleta de resíduos sólidos.
De acordo com
o texto, a necessidade de criação da taxa decorre da “sentença proferida pelo
auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo nos autos do TC –
001087/989/16, a qual determinou de forma severa que a Superintendência de
Água, Esgotos e Meio Ambiente de Votuporanga tenha como fonte de financiamento
o direito de cobrar tarifas e preços específicos inerentes ao serviço de
limpeza pública”.
Além disso,
consta no projeto que a instituição desse tributo é requisito para o repasse de
verbas federais ao município.
O vereador
Osmair Ferrari foi o primeiro a pronunciar sobre o assunto. Ele afirmou que o
seu voto será contrário e ainda afirmou que acha “um absurdo”. “A sociedade não
aguenta mais tributos e impostos. Entendo que já está incorporado no IPTU. Nós
já pagamos uma vez e não precisamos pagar novamente”, afirmou.
O vereador
Emerson Pereira também afirmou que é contra o projeto. “O Executivo propõe que
vocês cidadãos votuporanguenses passem a pagar a partir de janeiro o seu
recolhimento de lixos. Eu gostaria de dizer a todos que sou totalmente contra
esse projeto que venha obrigar a população a pagar mais impostos. É lamentável
e um absurdo. Não podemos aceitar um projeto inconstitucional como esse”, afirmou
na tribuna.
Marcelo
Coienca também falou sobre o projeto protocolado na quarta-feira na Câmara.
“Quando você vai fazer campanha, você cuida da gente, agora como vem um projeto
desse. Nós já pagamos a taxa incorporado no IPTU”, afirmou.
Rodrigo Beleza
disse que é contra o projeto. “Não podemos taxar ainda mais a nossa população
que não aguenta mais pagar impostos. A taxa já está embutida no IPTU. Não pode
cobrar mais de uma vez, entendo que não é constitucional. Se eu fosse o
prefeito João Dado eu retiraria, porque nessa Casa não vai passar. Pense nessa
ideia, prefeito, porque a população já paga vários impostos. Se o projeto
passar, estaremos dando um presente de grego de Natal para a população”, disse.
O projeto
ressalta a “constitucionalidade da criação dessa taxa já foi confirmada pelo
entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal através das súmulas
vinculantes 19 e 29”.
A sessão de
ontem terminou às 21h05.