(Foto: Arquivo Pessoal/A Cidade)
“Talvez eu tenha sido muito brava, poderia ter sido um pouco menos, mas se errei foi tentando acertar”, é o que diz Maria Helena Dias Gastam Martins, quando questionada sobre se carrega o sentimento de dever cumprido como mãe. Ela é a genitora do vice-prefeito de Votuporanga Renato Martins, o Renatão, Heloisa e o Eduardo Martins.
Hoje, aos 69 anos, dona Maria conta que boa parte de seus cabelos brancos se deve justamente ao seu menino mais velho, que hoje é vice-prefeito. Ele tinha uma paixão por motos e isso a deixava muito preocupada.
“Toda mãe fica preocupada com o que será da vida de seus filhos, mas Deus vai iluminando e dando sabedoria para nós. O Renato me preocupava muito, pois ele gostava muito de moto e ele andando de moto me deixava muito tensa, mas tirando isso ele sempre foi um filho muito bom, responsável, amoroso, muito preocupado com a família e ele é assim até hoje, tanto comigo como com os irmãos, sempre querendo ver todo mundo bem”, contou.
Sobre a criação de hoje em dia ela afirma que muita coisa mudou em relação ao seu tempo. A tecnologia e a própria violência acabou, segundo ela, provocando uma mudança comportamental na forma de pensar e agir dos pais.
“Tudo está muito diferente.Hoje em dia todo mundo tem celular de última geração, tem iPad, tem computador. Lembro quando comprei o primeiro computador para o Renato foi assim uma coisa que a gente achava que era supérflua, ele já tinha 15 anos. Agora, 30 anos depois, imagina uma casa não ter computador, não ter Wifi. As crianças com menos de um ano já estão com o celular na mão e sabem manusear. Minhas netinhas, por exemplo, só pedem a senha para desbloquear o celular, pois o resto elas já sabem. Já na época dos meus filhos era outro tipo de brincadeira, as crianças brincavam muito na rua porque era possível isso naquele tempo, eles iam brincar e voltavam já anoitecendo para tomar banho e dormir e a gente podia deixar tranquilo. Hoje em dia isso já não é possível, abriu a porta você já sai correndo para cuidar, com medo do que pode acontecer lá for”, completou.
Dona Maria disse que era muito rígida e até brava demais, mas não se arrepende ao ver que seus filhos se tornaram pessoa de bem, o que a enche de orgulho.
“Me sinto plenamente satisfeita com o que eu vejo da vida deles. Talvez eu tenha sido muito brava, poderia ter sido um pouco menos, mas se errei foi tentando acertar. Relapsa acredito que não fui e o resultado é esse orgulho que hoje sinto deles. Eu fico muito gratifica e orgulhosa de ver o desenvolvimento profissional deles, a responsabilidade, pois os três são muito responsáveis. Eles são diferentes, mas se completam. E isso é gratificante, pois é o mesmo que colher o fruto do que a gente fez pensando em acertar e acho que acertei (risos)”, concluiu.