Festa, que no ano passado recebeu mais de 80 mil pessoas, agora contrasta com o silêncio em meio à pandemia do coronavírus
O Centro de Eventos, que em outras circunstâncias estaria lotado agora, está vazio e silencioso (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Neste sábado (13), o movimento era para ser intenso em Votuporanga. Hotéis, chácaras, casas de festas e restaurantes lotados; ônibus e vans com dezenas de pessoas chegando a todo momento e centenas de pessoas finalizando os detalhes de um dos maiores eventos do Brasil. O que impera neste sábado de Carnaval, no entanto, é o silêncio.
O Centro de Eventos “Helder Henrique Galera”, que em outros tempos estaria preparado para receber milhares de pessoas, está vazio, sem a megaestrutura que fez a história das 14 edições realizadas até o momento do Oba Festival. Este cenário, é claro, se deve à pandemia do coronavírus, que assolou o mundo e vitimou 236 mil pessoas em todo Brasil, 136 delas em Votuporanga.
“É um sentimento de tristeza quando se pensa exclusivamente no evento em si, na história que o evento construiu ao longo desses 14 anos, iriamos para o 15º nesta edição, porém, já faz quase um ano que estamos com a pandemia, então é um momento de reflexão, de entendimento e de respeito às vítimas que se fizeram, pelos empregos que se perderam. O nosso setor é um dos que mais está sofrendo com essa pandemia, mas temos que entender, temos que esperar e na hora certa e que Deus permitir vamos voltar ainda maiores e propagando aquilo que o Oba sempre propagou, que é alegria”, disse Edilberto Fiorentino, o Caskinha, um dos organizadores do Oba.
Diferente do que aconteceu na maioria das cidades brasileiras, porém, o evento não foi cancelado, mas sim adiado para os dias 8, 9, 10 e 11 de julho, em meio ao feriado da Revolução Constitucionalista.
“Temos esperança de que as coisas melhorem primeiro, para depois pensar no evento em si. Um evento não é simplesmente vender um ingresso, ir lá ver um show e se divertir, é preciso ter clima e para isso o clima no Brasil precisa melhorar”, completou Caskinha.