A polêmica envolvendo a proposta de adesão da escola estadual Enny Tereza Longo Fracaro ao PEI (Programa de Ensino Integral) do Governo do Estado deve terminar nos próximos dias
Alunos se manifestaram na porta da escola Enny Tereza Longo Fracaro e os pais votaram para instituição não aderir ao PEI (Foto: Arquivo pessoal)
Da redação
A polêmica envolvendo a proposta de adesão da escola estadual Enny Tereza Longo Fracaro ao PEI (Programa de Ensino Integral) do Governo do Estado, que resultou até em uma manifestação de pais e alunos na porta do colégio, deve terminar nos próximos dias. Duas reuniões foram realizadas nessa semana com a comunidade escolar e, apesar de ainda não ser oficial, teria ficado definido que a instituição de ensino permanecerá com o atendimento da forma que está.
Os encontros foram realizados na terça-feira (12), para os pais e responsáveis de alunos matriculados no Ensino Fundamental, e quarta-feira (13), para os responsáveis por alunos do Ensino Médio. Durante a consulta aos que participaram, a maioria teria optado pela não adesão ao PEI.
A decisão, que deve ser oficializada por meio de atas, no entanto, ainda não foi oficializada à Diretoria Regional de Ensino. Segundo o dirigente, José Aparecido Duran Netto, seja qual for a decisão, ela só será implementada a partir do próximo ano letivo.
“Ainda não temos o resultado dessas reuniões. Estamos ouvindo a comunidade e ela é que decide e não vamos interferir. O que temos para esse momento é que o Novo Ensino Médio já vai até as 14h30, o que é mais ou menos o mesmo horário do integral. De qualquer forma, o que for decidido será para 2023”, disse Duran.
A polêmica
A polêmica sobre o PEI começou justamente com a possibilidade de a escola migrar para o programa já que apenas as escolas estaduais Enny e Cícero Barbosa Lima Júnior não aderiram ainda em Votuporanga.
Entre as críticas dos alunos em relação ao PEI está a carga horária mais extensa, que prejudicaria aqueles que gostariam de fazer algum curso profissionalizante ou trabalhar no horário de contra-turno para ajudar no sustento da família. Nos bastidores, porém, comenta-se sobre o engajamento de alguns professores que também não seriam a favor da mudança, mesmo com a possibilidade de ter um acréscimo nos salários.
Para os alunos que trabalham foi oferecida ainda a oportunidade de ensino noturno, desde que comprovem o vínculo empregatício, mesmo assim a comunidade teria optado por não aderir ao programa.