Regiane Nogueira Secafem conversou com o A Cidade sobre as expectativas para o trabalho no seu mandato
A assistente social Regiane Nogueira Secafem tem 38 anos e mora no Jardim Alvorada (Foto: Arquivo pessoal)
Daniel Marques
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Votuporanga) tem uma nova presidente: Regiane Nogueira Secafem, 38 anos, assistente social da Comunidade São Francisco de Assis e da Apae. Entre as intenções dela, está o combate à “farra” do consumo de álcool e drogas dos adolescentes nas feiras da cidade.
Em conversa com a reportagem do jornal
A Cidade, Regiane contou que espera fortalecer as políticas públicas voltadas à proteção de crianças e adolescentes, com ações transparentes e de grande impacto social. “Entre as prioridades, destaco a Campanha Leão Amigo. Já contamos com uma mobilização organizada no município para incentivar a destinação do Imposto de Renda ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. A meta agora é ampliar essa campanha, alcançando mais contribuintes e fortalecendo a arrecadação para os projetos locais”, disse.
A presidente, que assumiu o posto anteontem e fica até 26 de novembro de 2026, explicou ainda que CMDCA possui um Banco de Projetos estruturado, que permitiu às OSCs (Organizações da Sociedade Civil) inscreverem suas iniciativas e captarem recursos de forma transparente. “O objetivo do mandato é aprimorar esse sistema, garantindo ainda mais organização, acessibilidade e oportunidades para as instituições”, acrescentou.
Outra prioridade é a atuação no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca), em que Votuporanga é representada pela conselheira Elite Aparecida Guilherme da Silva. “Ao longo do mandato, continuaremos fortalecendo essa participação, garantindo que nossa cidade tenha voz ativa nas discussões e decisões em nível estadual”, apontou.
Em relação à “farra” dos adolescentes nas feitas, Regiane observou que o consumo de álcool e drogas por menores nesses locais é um problema sério, que envolve risco social e violação de direitos. “Essa situação exige atuação conjunta da rede de proteção, com medidas de prevenção e orientação, além da fiscalização. É necessário reforçar a proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores, fortalecendo a atuação integrada da Vigilância Sanitária, Guarda Municipal, Polícia Militar e Conselho Tutelar”, destacou.
Ainda conforme a assistente social, ao mesmo tempo o município deve investir em campanhas educativas, ações preventivas nas escolas, orientação às famílias e ampliação de atividades de esporte, cultura e lazer, oferecendo alternativas saudáveis para os jovens. “Também é importante organizar melhor os eventos públicos, criando protocolos específicos que garantam segurança e prevenção de riscos. O CMDCA se coloca à disposição para apoiar e articular essas ações de forma intersetorial”, acrescentou.
Para a presidente, o CMDCA pode contribuir de forma estratégica nessa situação, fortalecendo a rede de proteção. O Conselho pode elaborar e aprovar fluxos de atendimento, promover campanhas educativas de prevenção, cobrar a fiscalização dos órgãos competentes, apoiar projetos sociais que afastem adolescentes das situações de risco e articular reuniões entre escola, saúde, assistência social e segurança pública. “Nosso papel é garantir que as políticas públicas funcionem de maneira integrada para proteger crianças e adolescentes e prevenir o uso de álcool e drogas nos espaços da cidade”, finalizou.