Usina deveria ter sido entregue em 2012, mas se prazos não forem cumpridos, será feita a reversão da área à municipalidade
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Uma obra que ainda não está acabada e sem previsão para o início dos trabalhos. Assim está a BrasPellet, usina que está sendo construída às margens da rodovia Euclides da Cunha (SP-320), em Simonsen.
Votuporanga seria a primeira cidade do Brasil a produzir energia limpa renovável a partir do pellet, biocombustível sólido feito de resíduos agroflorestais. O grupo reuniu lideranças da cidade para lançar a unidade BrasPellet, em julho de 2010, no Votuporanga Clube. O investimento era de R$ 20 milhões.
Doação
A empresa recebeu a escritura de doação de terreno em 1º de julho de 2010. Após isso, solicitou ampliação do prazo, justificando alguns problemas.
Essa renovação se deu pelo COMDE (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico) em 24 de maio de 2013. A área de doação foi de 15.117,64m², e a empresa comprou o restante, no equivalente a 30.216,42m².
O jornal A Cidade obteve a informação da assessoria de imprensa da Prefeitura de Votuporanga, na tarde de sexta-feira, de que caso os prazos não sejam cumpridos, será feita a reversão da área ao patrimônio público.
A linha de negócios da Green Energy é para produção de pellet, com o objetivo de transformar resíduos de cana de açúcar e podas de árvore em biocombustível sólido de biomassa compactada. Dentro do programa de incentivo da Prefeitura, ela doou uma área de 36 mil m² e ofereceu o apoio logístico para as obras do terreno.
Visita às obras
Em outubro de 2011, os representantes da empresa holding Green Energy Group, que iriam instalar no Distrito de Simonsen a primeira unidade fabril da BrasPellet, visitaram o canteiro de obras. O grupo estava acompanhado da engenheira da Eco Ambiental, Roberta Romeiro.
Em entrevista ao jornal A Cidade naquela ocasião, Diego Maurizio Zannoni, diretor, e Jean Carlos, presidente, explicaram a disponibilidade de matéria-prima existente na região. “Fizemos um convênio com a Prefeitura para usarmos galhos de árvores que foram podadas. Produziremos combustível sólido para gerar energia”, afirmou. Diego ressaltou que o mercado consumidor também está na região noroeste, em um raio de 250 quilômetros.