Há vagas em diversos setores na cidade; empregadores reclamam da falta de mão de obra qualificada
Leidiane Sabino
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São inúmeros os anúncios de vagas de emprego espalhados pela cidade e também nos classificados dos jornais. Alguns empresários, para chamar atenção, instalaram faixas nas portas de seus estabelecimentos; eles reclamam da falta de mão de obra qualificada e da rotatividade dos contratados, que, às vezes, não passam do período de experiência oferecido. Aos candidatos, cabe buscar cursos oferecidos pela cidade, muitos deles, gratuitamente. Especialista do setor de recursos humanos explica que empresas também precisam oferecer atrativos para os trabalhadores.
Basta andar um pouco pela cidade para perceber que há diversas vagas disponíveis no mercado de trabalho, especialmente nos ramos de costura e panificação.
Natália Cristina Francisco, uma das responsáveis pela Panificadora Aquiles, explicou que a procura por funcionários é constante. “Hoje estamos buscando balconista, caixa e pessoa para entrega. Temos bons produtos e boa clientela, mas falta capacitação aos candidatos, por isso existe uma grande rotatividade, muitos não passam do período de experiência”, falou.
Valcir Lourenço, proprietário da pizzaria Bella Roma, contou que o grande desafio é encontrar a pessoa pronta para o serviço. “Estamos colocando a família para trabalhar enquanto não aparecem os funcionários. Hoje, preciso de pizzaiolo, garçom e chapeiro. Ás vezes encontramos alguém, mas a pessoa acaba saindo. Tem três anos que tento fixar alguém, mas está difícil. Hoje, setores como a construção civil estão pagando muito bem e tiram as pessoas de outras áreas. Os órgãos públicos deveriam preparar para o trabalho também nas nossos setores”, destacou.
Valdoni José dos Santos, proprietário da Caju Brasil, disse que achar costureiras também é um grande desafio. Há três meses ele tem uma faixa na frente de sua fábrica oferecendo vagas. “Aqui na empresa temos um giro de produtos muito grande, durante todo o ano e sempre estamos contratando. Cresce a demanda e a necessidade de profissionais. Hoje, temos 90 funcionários, sendo 40 costureiras e as que vierem e forem capacitadas, serão contratadas. O difícil é que as moças não estão querendo aprender a costurar. O salário da categoria, estipulado pelo sindicato é baixo e isso desestimula. Por isso, tentamos oferecer algo a mais”.