Em encontro para estimular a contratação de portadores de necessidades, comerciantes dizem que pessoas não trabalham para garantir ajuda do INSS
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Os empresários de Votuporanga possuem dificuldades em contratar pessoas portadoras de necessidades especiais. Esta é a informação passada por eles na manhã de ontem, em um evento da Secretaria de Direitos Humanos.
A pasta reuniu empresários, industriais e comerciantes para mostrar a importância de dar oportunidade de trabalho aos portadores de necessidades especiais, não somente para atender o que determina a lei 8.213/1991 (conhecida também como lei de cotas), mas também, para estimular a independência de cada um.
Entretanto, o que os representantes alegaram é que mesmo que as vagas sejam destinadas para portadores de necessidades especiais, os próprios interessados, muitas vezes não possuem interesse. O presidente da Unifev (Centro Universitário de Votuporanga), Nelson Seraphim Junior, disse que na instituição existiam cinco vagas, mas apenas uma pessoa se candidatou; por não ter qualificação, não pode assumir a vaga. Para ajudar na qualificação profissional destas pessoas, o presidente disse que a Unifev, de imediato, cederá salas e professores para os portadores de necessidades especiais, gratuitamente.
A representante de um frigorífico da cidade contou que na empresa existe vaga para atender a cota estipulada por lei, mas infelizmente, as pessoas querem receber o benefício a ser empregado. Outro mostrou-se contra o desligamento do benefício quando a pessoa é desligada da empresa . “Isso faz com que exista um desânimo, uma descrença, em querer trabalhar”, disse.