Evandro Pelarin diz que está de acordo com projeto de lei do vereador Meidão, para limitar horário de estabelecimentos comerciais
Karolline Bianconi
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O juiz da Vara da Infância e Juventude de Fernandópolis, Evandro Pela-rin, é a favor do projeto de lei sobre o funcionamento de bares e similares até a meia-noite. O vereador Mehde Meidão quer estabelecer normas especiais para o atendimento ao público, com horário de funcionamento das 6h à meia-noite.
A proposta já gerou polêmica. Muitos têm questionado se realmente a medida apontada pelo vereador irá garantir mais segurança ao trânsito da cidade. Para o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Votuporanga e Região (Sinhores), Luiz Gonzaga Poloni, o projeto do vereador Meidão é descabido.
O juiz de Fernandópolis esteve ontem no Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) para falar sobre a maioridade penal. Estiveram presentes na plateia estudantes do curso de Direito, lideranças locais e representantes de entidades.
O jornal A Cidade questionou a autoridade judiciária para saber sua opinião sobre o projeto do vereador Meidão. A iniciativa tem sua aprovação.
Ele contou que em Fernan-dópolis foi feito um estudo profundo em parceria com a Polícia Militar, e chegou-se a conclusão que a maioria das ocorrências após à 0h, estava relacionada ao uso de bebidas alcoólicas, além de bares, lanchonetes e postos de combustíveis estarem abertos neste horário.
“A bebida leva tempo para fazer seu efeito. Uma pessoa que bebe muito, a partir de certo tempo, passa a beber em excesso. E eu creio que a partir da meia-noite, as famílias já estão em suas casas, pois deste horário em diante só se encontra baderna”, falou.
Ele falou que infelizmente, as pessoas de bem são sacrificadas. “Nós temos que ter esta conduta, porque quem é consciente que bebida e direção não combinam somos nós, não as pessoas que exageram”.
Em Fernandópolis, a lei exclui restaurantes e ambientes fechados. Também deve entrar em vigor, na cidade vizinha, multa para quem beber em público. A fiscalização será feita pela Prefeitura e PM, através da Atividade Delegada.
Pelarin contou que devido às atitudes de seu trabalho, foi procurado por uma associação de fabricantes de cerveja, que pediu apoio ao Poder Judiciário de Fernandópolis para combater a venda de bebidas alcoólicas. A estratégia é que os 405 estabelecimentos da cidade que comercializam bebidas tenham um software, para que cadastre o consumidor no ato da venda. “Assim, teríamos um controle, um cadastro de quanto as pessoas compram de bebida”.