Vereador André Figueiredo e presidente do Sindicato dos Servidores, Inácio Pereira, se defendem de acusações e buscam ganhar causa
Karolline Bianconi
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O vereador André Figueiredo e o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Inácio de Oliveira, estarão frente a frente no Fórum de Votuporanga no dia 12 de novembro. Ambos serão interrogados pelas autoridades do Poder Judiciário sobre o ocorrido em agosto deste ano, quando Oliveira disse que o vereador teria passado informações a respeito dos trabalhos dos vereadores na Câmara. O presidente sustentou a informação de que André contou que o prefeito Junior Marão teria combinado com os vereadores de garantir recapeamento de ruas, caso alguns projetos na Câmara não fossem votados. André, por sua vez, representou contra Pereira, por calúnia e informação, além dos demais vereadores (menos Meidão Kanso).
Conciliação
Na tarde de ontem, a reportagem conversou com o advogado do Sindicato, José Alberto Pereira, que informou que ambos já estiveram no Centro Judiciário de Soluções de Conflitos, que visa a conciliação entre as partes, mas não chegaram a um acordo.
“O vereador André entrou com processo alegando calúnia, danos morais. O Sindicato acredita que não foi cometido nenhum crime, uma vez que tudo que foi repassado ocorreu através de uma informação do vereador”, rebateu.
Partes não irão desistir
O presidente do Sindicato, Inácio Pereira, falou ao jornal A Cidade que os vereadores deveriam ser mais disciplinados em receber críticas e não irem, de imediato, à polícia. “Eu estou com o barco e o remo na mão, vamos ver o que vai dar”, disse.
O vereador André Figueiredo contou que não vai desistir também. “Eu não penso nem pelo valor que o processo pode reverter para o meu lado, até porque, se ganhar a causa, irei doar, mas quero que ele se retrate. Não vou só provar, mas também mostrar que ele errou, que tenha consciência do que fez”, destacou.
O presidente da Câmara, Eliezer Casali, contou que todos os vereadores também já foram ouvidos. Além do caso do vereador André, os demais edis também se manifestaram contra o presidente devido suas declarações. “Fomos todos ouvidos já na Delegacia Seccional, e agora o inquérito será remetido ao Fórum”, falou.