Da Redação
Solucionar o problema relacionado aos moradores de rua é um desafio de todo município, em Votuporanga não é diferente. Como todas as vagas estão preenchidas, neste momento, a Prefeitura trabalha na regulamentação desta nova lei que definirá detalhes do processo seletivo destes moradores, tendo em vista que não basta só oferecer emprego se a pessoa não tiver um lugar para viver. A intenção é resgatar a dignidade de vida, como já foi dito, e fazer com que essas pessoas se interessem pelo emprego, passando a se qualificar para o mercado de trabalho e conquistar independência financeira, não retornando às ruas.
Há bastante tempo a Prefeitura de Votuporanga, por intermédio de suas diversas secretarias municipais, vêm tentando incentivar esses moradores de rua a voltarem para suas famílias, porém, o sucesso do trabalho depende principalmente do interesse e da vontade dos próprios indivíduos.
Recentemente, o prefeito Junior Marão convocou uma reunião em seu gabinete com profissionais das inúmeras áreas envolvidas como saúde, assistência social, direitos humanos, segurança pública e representantes da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (região onde se concentra maior número de pessoas que vivem nestas condições) para discutir o assunto.
Dados
Segundo dados do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Votuporanga possui entre 12 e 15 moradores de rua que nem sempre estão na cidade, pois eles migram entre os municípios vizinhos. Muitos deles possuem dependência de álcool e drogas, doenças mentais e todos são encaminhados aos serviços disponíveis no município como CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e CAPS AD (álcool e drogas). A cidade também conta com o trabalho da Casa Abrigo Irmãos de Emaús, entidade assistencial que oferece abrigo e trabalho, também como forma de inclusão social.
Operação
Em fevereiro deste ano uma grande operação conjunta foi montada para atuar no caso. Naquela ocasião, foram recolhidas 14 pessoas: algumas foram internadas em clínicas de recuperação por se tratarem de dependentes químicos de álcool ou outras drogas e passaram por tratamento com acompanhamento pelo CAPS AD, outras retornaram as suas cidades de origem e outras foram recebidas pelas famílias por meio de um serviço social realizado com acompanhamento profissional.
“Este é um trabalho realizado em conjunto, acredito que com a união de todos vamos poder acabar de vez com este problema”, disse a secretária de Assistência Social, Marli Pignatari.