Osmair Ferrari e Matheus Rodero afirmam que festa de 2014 não deve acontecer em local improvisado como neste ano
Prejuízo da Expô/Fisav neste ano foi de R$ 483 mil
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Depois do anúncio de prejuízo da Expô/Fisav de R$ 483 mil, a tônica da sessão da Câmara Municipal foi a realização da festa em 2014. O vereador Osmair Ferrari pediu cautela da diretoria do Fisav (Fundo das Instituições Sociais Associadas de Votuporanga) e da Prefeitura de Votuporanga. Já Matheus Rodero afirmou que a festa poderia ser profissionalizada por meio de uma licitação de empresa.
Respeito
Osmair disse que respeita o presidente do Fundo, José Euclides Koguchi, e sua diretoria, pela dedicação e o trabalho em prol das entidades. Ele disse ainda que os ex-presidentes foram importantes para deixar um saldo positivo, que contribuiu para abater os gastos.
Críticas?
O vereador afirmou que antes da realização da festa, ele se mostrou contrário. “Algumas pessoas achavam que eu estava fazendo críticas. Na verdade, eu fiz colocações para que não fosse feito o evento por dois motivos: pensando na segurança e na parte financeira.
Os acessos às rodovias Péricles Belini e Euclides da Cunha estão interditados até hoje. Na avenida Emilio Arroyo Hernandes está em construção a segunda pista; o trevo de Parisi está perigoso. O objetivo era evitar acidentes na localidade e, principalmente, pelo recinto não ter estrutura nenhuma”, ressaltou.
Reuniões
Osmair contou que foram feitas duas reuniões com o prefeito Junior Marão para debater o assunto. “Um encontro foi no gabinete do prefeito e outro na ACV (Associação Comercial de Votuporanga). Já no gabinete eu questionava se a mudança de local (Centro de Eventos para 7º Distrito) só estava transferindo o problema. Eu disse da minha preocupação sobre a parte financeira. Uma pessoa da entidade me disse que eu estava sendo pessimista. Mas eu estava sendo realista”, afirmou.
Ele disse que na mesma oportunidade, sugeriu que fosse encaminhado para a Câmara Municipal um projeto de lei com recursos para ajudar as instituições do Fisav. “Eu fiz para ajudar. Jamais para atrapalhar. Eu estava prevendo o que estaria acontecendo”, afirmou.
Lição
O vereador espera que este prejuízo sirva de lição. “Se for fazer em local improvisado, acho que o Fisav não precisa realizar. Nestas situações é só comunicar com humildade que não promoverá o evento, caso contrário, terá prejuízo”, opinou.
Osmair disse que o caixa de R$ 400 mil utilizado para abater a dívida foi um trabalho do deputado João Dado junto ao governo federal. “A gente tem que ficar preocupado para que não aconteça mais. É preciso parar, pensar e repensar para ver se é viável a realização da Expô ou não”, destacou.
Profissionalização
Por sua vez, Matheus Rodero afirmou que a Expô tem um custo muito alto. “A festa tinha shows em torno de R$300 mil de gasto. No dia da apresentação, pode chover a festa não faturar. Votuporanguense é a favor da festa e sou a favor de profissionalizar o evento. A empresa fica responsável por fazer na cidade”, disse.
Matheus se mostrou a favor das eleições da diretoria do Fisav ser de dois em dois anos. “Não tem nada a ver com o Koguchi. Ele está trabalhando para a diretoria e acho que tem que ter lá candidatos para ficar dois anos e mudar. Não pelo Koguchi, mas acho importante ter essa renovação”, opinou.
Trabalho árduo
O vereador e líder de governo Silvio Carvalho disse que houve um ano que a Expô/Fisav houve prejuízo. “Mesmo assim, continuou o trabalho árduo”, afirmou.
Sobre a mudança de área, o vereador falou que foram feitas reuniões para debater a alteração. “Todos os vereadores afirmaram que o 7º Distrito era um bom local para o evento. Tivemos festas da região que a maioria teve prejuízo, isso acontece”, finalizou.