Na tribuna, apenas o representante do PT comentou, de maneira breve, sobre a planilha encontrada com Olívio Scamatti
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A sessão de ontem foi, de longe, o que muita gente esperava. Com a divulgação da planilha financeira encontrada em pen drive apreendido durante a Operação Fratelli em poder do empresário Olívio Scamatti, preso sob acusação de chefiar a chamada Máfia do Asfalto, que indicava possível pagamento de propina a deputados estaduais e federais, além de agentes e vereadores, o que se imaginava era que os vereadores citados fossem se pronunciar.
Mas dentre os citados, apenas o legislador Jurandir Benedito da Silva, o Jura do PT, falou sobre o caso. De maneira breve, ele afirmou que o Jura que se encontra na planilha não é ele.
Homônimo
Segundo o vereador, o nome citado é um homônimo (palavras que têm a mesma grafia). “Quem me conhece, sabe o trabalho que executo”, disse.
Presidente do Partido
Jura disse que levou ao conhecimento do partido do PT, Joaquim Alves Martins, o caso. “Solicitei que seja instituído todo procedimento legal dentro do partido para que seja apurado e garantido o direito do contraditório. Há pessoas do PT debatendo sobre essa questão. Fui abordado por muitas pessoas por telefone e pessoalmente”, comentou.
“Estou tranquilo”
Ele afirmou ainda: “estou tranquilo em dizer que minha vida particular e pública é um livro aberto. Eu não tenho preocupação nenhuma”.
Debate
“É uma planilha e vou dizer que tem tantos Juras no Estado de São Paulo. Espero que tratem com transparência este debate. O Brasil passa por um momento importante e isso estamos fazendo em Votuporanga. Esta é a democracia, país aberto, portanto debate tem que ser feito”, concluiu.
Os demais citados
Os dados indicam pagamentos de “caixinha” que variam de R$ 1 mil até quantias vultosas de R$ 100 mil a nomes identificados como “Itamar”, “Vaccarezza”, “Dado”, “Devanir”, “Vinholi”, “Alex/SJRP”, “Meidão”, “Gilmaci”, “Mentor”, “Serginho da Farmácia” e “Jura”.
Os ex-prefeitos, Gina (Parisi) e Cesar Gil (Américo), e o irmão do ex-prefeito de Valentim Gentil, Luciano Segura, também estão na lista. Todos negaram envolvimento.
Os documentos
Os documentos revelam o que seria controle da contabilidade paralela do empresário apontado pelo Gaeco, Ministério Público Federal e Polícia Federal como responsável por fraudes em licitação para recapeamento asfáltico em pelo menos 62 cidades da região Noroeste do Estado.